Notícia
Chega e IL desafiam Montenegro a esclarecer se mantém confiança em Albuquerque
Numa declaração aos jornalistas já depois de os partidos se pronunciarem, Miguel Albuquerque (PSD) recusou demitir-se.
24 de Janeiro de 2024 às 18:23
Chega e Iniciativa Liberal desafiaram esta quarta-feira o líder do PSD, Luís Montenegro, a esclarecer se mantém a confiança no presidente do Governo Regional da Madeira, quando decorrem buscas por suspeita de crimes de corrupção.
Numa declaração aos jornalistas na Assembleia da República, o presidente do Chega considerou ser "importante perceber se Luís Montenegro vai manter a confiança em Miguel Albuquerque".
"Estamos a falar numa altura em que o primeiro-ministro se demitiu porque houve diligências judiciais e policiais na sua residência oficial e porque é suspeito da prática de um crime. A mesma bitola que se aplicou para o primeiro-ministro, vejo difícil que não se aplique a Miguel Albuquerque, uma vez que decorrem também diligências na casa oficial do presidente do Governo", defendeu André Ventura.
Ventura considerou que Miguel Albuquerque é "um dos principais suspeitos" num "esquema de corrupção, um pacto corruptivo, que envolve vários titulares e antigos titulares [de cargos públicos], e que envolve um grande grupo económico".
"Fica muito difícil ter condições políticas de continuar a gerir com autoridade e legitimidade", afirmou, defendendo que "não haverá outra solução neste momento" que não se demitir.
Também numa declaração aos jornalistas no parlamento, o líder da Iniciativa Liberal salientou que Luís Montenegro "tem de vir dizer se mantém a confiança política em Miguel Albuquerque".
Rui Rocha afirmou que o presidente do Governo Regional da Madeira tem de vir rapidamente "dar explicações" sobre estas buscas, por se tratar de "factos que lhe estão diretamente ligados", e dizer "se considera que tem ou não condições para continuar em funções".
O líder liberal desafiou também o PAN a "manifestar a sua posição", uma vez que estabeleceu um acordo com o PSD após as últimas eleições regionais, em setembro.
Mais tarde, a porta-voz do PAN declarou, no parlamento, que "respeita o princípio da presunção de inocência", alegando que não há "qualquer informação relativamente a qualquer tipo de acusação".
"Para o PAN, é fundamental aguardar que a justiça se pronuncie", afirmou, recusando-se a "fazer julgamentos em praça pública sem que o Ministério Público tenha deduzido acusação contra alguém".
"Não existindo uma acusação, seria da nossa parte precipitado estarmos a retirar consequências políticas daquilo que não existe", acrescentou.
A deputada defendeu a necessidade de o Ministério Público "explicar aos cidadãos o que está em causa nos processos e se existe ou não fundamento para alguma acusação".
Mais tarde, em declarações aos jornalistas, o deputado único do Livre, Rui Tavares, remeteu questões sobre eventuais ilegalidades para a Justiça mas salientou que existe "um problema de degradação democrática mais acentuada na Região Autónoma da Madeira" e que "compete aos eleitores da região contribuírem para o resolver".
A Polícia Judiciária (PJ) realizou hoje cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias relacionadas com três inquéritos dirigidos pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), nos quais são investigados crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.
A Câmara Municipal do Funchal (PSD/CDS-PP), presidida por Pedro Calado (PSD), confirmou de manhã que foi alvo de buscas da PJ.
Pedro Calado e dois gestores ligados ao grupo de construção AFA foram detidos.
O presidente do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) acompanhou as buscas à sua residência, constatou a Lusa no local, e cancelou a agenda pública.
Numa declaração aos jornalistas já depois de os partidos se pronunciarem, Miguel Albuquerque (PSD) recusou demitir-se.
Numa declaração aos jornalistas na Assembleia da República, o presidente do Chega considerou ser "importante perceber se Luís Montenegro vai manter a confiança em Miguel Albuquerque".
Ventura considerou que Miguel Albuquerque é "um dos principais suspeitos" num "esquema de corrupção, um pacto corruptivo, que envolve vários titulares e antigos titulares [de cargos públicos], e que envolve um grande grupo económico".
"Fica muito difícil ter condições políticas de continuar a gerir com autoridade e legitimidade", afirmou, defendendo que "não haverá outra solução neste momento" que não se demitir.
Também numa declaração aos jornalistas no parlamento, o líder da Iniciativa Liberal salientou que Luís Montenegro "tem de vir dizer se mantém a confiança política em Miguel Albuquerque".
Rui Rocha afirmou que o presidente do Governo Regional da Madeira tem de vir rapidamente "dar explicações" sobre estas buscas, por se tratar de "factos que lhe estão diretamente ligados", e dizer "se considera que tem ou não condições para continuar em funções".
O líder liberal desafiou também o PAN a "manifestar a sua posição", uma vez que estabeleceu um acordo com o PSD após as últimas eleições regionais, em setembro.
Mais tarde, a porta-voz do PAN declarou, no parlamento, que "respeita o princípio da presunção de inocência", alegando que não há "qualquer informação relativamente a qualquer tipo de acusação".
"Para o PAN, é fundamental aguardar que a justiça se pronuncie", afirmou, recusando-se a "fazer julgamentos em praça pública sem que o Ministério Público tenha deduzido acusação contra alguém".
"Não existindo uma acusação, seria da nossa parte precipitado estarmos a retirar consequências políticas daquilo que não existe", acrescentou.
A deputada defendeu a necessidade de o Ministério Público "explicar aos cidadãos o que está em causa nos processos e se existe ou não fundamento para alguma acusação".
Mais tarde, em declarações aos jornalistas, o deputado único do Livre, Rui Tavares, remeteu questões sobre eventuais ilegalidades para a Justiça mas salientou que existe "um problema de degradação democrática mais acentuada na Região Autónoma da Madeira" e que "compete aos eleitores da região contribuírem para o resolver".
A Polícia Judiciária (PJ) realizou hoje cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias relacionadas com três inquéritos dirigidos pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), nos quais são investigados crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.
A Câmara Municipal do Funchal (PSD/CDS-PP), presidida por Pedro Calado (PSD), confirmou de manhã que foi alvo de buscas da PJ.
Pedro Calado e dois gestores ligados ao grupo de construção AFA foram detidos.
O presidente do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) acompanhou as buscas à sua residência, constatou a Lusa no local, e cancelou a agenda pública.
Numa declaração aos jornalistas já depois de os partidos se pronunciarem, Miguel Albuquerque (PSD) recusou demitir-se.