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Operação da PJ na Madeira. Buscas na casa de Miguel Albuquerque e na Câmara do Funchal

O presidente do Governo Regional da Madeira é suspeito dos crimes de corrupção, participação económica em negócio e prevaricação, além da eventual violação das regras comunitárias em matéria de adjudicação. Há buscas em mais cidades do país.

João Cortesão
24 de Janeiro de 2024 às 11:44
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O Ministério Público (MP) e a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (UNCC/PJ) estão a realizar uma operação judicial na Madeira mas também nos Açores, Lisboa, Braga, Guarda e Coimbra. 

Correio da Manhã avança que as buscas visam prioritariamente o Governo Regional da Madeira e o próprio presidente, Miguel Albuquerque, do PSD, cuja casa também foi alvo de buscas segundo a CNN

A autarquia do Funchal, presidida pelo social-democrata Pedro Calado, já confirmou a presença da PJ nas instalações: "A Câmara Municipal do Funchal informa que um grupo de inspetores da Polícia Judiciária deu entrada esta manhã nas instalações do edifício dos Paços do Concelho, para a realização de buscas", lê-se no comunicado divulgado pela autarquia (PSD/CDS-PP).

No documento, o município acrescenta que "está a colaborar na investigação em curso e a prestar toda a informação solicitada, num espírito de boa cooperação".

Miguel Albuquerque é suspeito dos crimes de corrupção, participação económica em negócio e prevaricação, para além da eventual violação das regras comunitárias em matéria de adjudicação.

O Correio da Manhã acrescenta que a operação reúne pelo menos três inquéritos iniciados no Ministério Público do Funchal mas que transitaram para Lisboa já há algum tempo. Nestes inquéritos são investigados negócios privados de Miguel Albuquerque, de outros membros do governo e de autarquias locais madeirenses, em particular a câmara do Funchal, liderada por Pedro Calado.

Uma das investigações foi aberta em 2019 no Funchal. Em causa está a eventual relação entre negócios privados imobiliários de Miguel Albuquerque e o ajuste direto da concessão da Zona Franca da Madeira ao Grupo Pestana, também alvo de buscas nesta operação.

São também investigadas dezenas de operações de ajustes directos e adjudicações de obras públicas, algumas das quais terão sido pagas mas nunca realizadas.

As buscas, que envolvem cerca de 300 inspetores, decorrem em várias regiões do continente são essencialmente em empresas. Ainda não há detidos nesta operação.

Notícia atualizada às 11h33 com mais informação.


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