Notícia
Ventura diz que imigração islâmica "é um perigo para Portugal" e ouve protestos à esquerda
Numa declaração política na Assembleia da República, André Ventura defendeu, a propósito do caso dos imigrantes de Odemira, que o país deve fazer uma reflexão sobre "que imigração" quer para Portugal.
06 de Maio de 2021 às 18:27
O deputado único e presidente do Chega afirmou hoje que "a imigração islâmica é um perigo para Portugal", uma declaração que mereceu protestos e gritos de "mentiroso" e "fascista" à esquerda, mas não suscitou nenhum pedido de esclarecimento.
Numa declaração política na Assembleia da República, André Ventura defendeu, a propósito do caso dos imigrantes de Odemira, que o país deve fazer uma reflexão sobre "que imigração" quer para Portugal.
"Precisamos ou não de imigração? Precisamos, mas devemos ser capazes de fazer uma reflexão sobre a imigração que queremos", disse.
O líder do Chega afirmou, em seguida, que "muitos dos crimes sexuais aumentaram em países como a Suécia ou a Alemanha, fruto da imigração de origem islâmica que tiveram nos seus territórios".
Esta declaração mereceu vários apartes de protesto das bancadas à esquerda, sendo audíveis palavras como "mentiroso" ou "fascista".
"A imigração islâmica é um perigo para Portugal, é um perigo sobre as nossas mulheres e sobre as nossas cidades", concluiu André Ventura.
No final da sua intervenção, nenhum grupo parlamentar suscitou um pedido de esclarecimento, ao contrário do que tinha acontecido com todas as anteriores declarações políticas de outros partidos.
O deputado do Chega criticou a forma como foi feito, durante a noite, o realojamento de 49 pessoas no empreendimento ZMar e na Pousada da Juventude de Almograve, em Odemira, dizendo que "não houve nenhuma negociação com os moradores" e classificando a requisição civil como "ilegal e inconstitucional".
"O Chega exigirá nos tribunais que seja revertida por ser um ataque inadmissível aos direitos humanos. Amanhã ainda, o Chega entrará novamente no Supremo Tribunal Administrativo com um pedido para que reverta a decisão do Governo de permitir que sejam requisitadas casas, habitações e propriedades", afirmou.
André Ventura acrescentou que o Chega pedirá também à Procuradoria-Geral da República "que fiscalize" a forma como foi feita esta requisição.
As freguesias de Longueira-Almograve e São Teotónio, em Odemira, estão em cerca sanitária desde a semana passada por causa da elevada incidência de covid-19 entre os imigrantes que trabalham na agricultura na região.
Entretanto, o Governo decidiu hoje manter a cerca sanitária, mas com "condições específicas de acesso ao trabalho" a partir de segunda-feira, foi hoje anunciado.
Na sexta-feira, o Governo determinou "a requisição temporária, por motivos de urgência e de interesse público e nacional", da "totalidade dos imóveis e dos direitos a eles inerentes" que compõem o complexo turístico ZMar Eco Experience, na freguesia de Longueira-Almograve (Odemira), para alojar pessoas em confinamento obrigatório ou permitir o seu "isolamento profilático".
Desde que foi determinada a requisição temporária do Zmar, para alojar pessoas em confinamento obrigatório ou permitir o seu "isolamento profilático", os proprietários destas casas têm protestado contra a decisão do Governo.
Na quarta-feira, o advogado que representa um grupo de proprietários revelou que interpôs em tribunal uma providência cautelar contra a fundamentação da requisição temporária do complexo turístico.
Numa declaração política na Assembleia da República, André Ventura defendeu, a propósito do caso dos imigrantes de Odemira, que o país deve fazer uma reflexão sobre "que imigração" quer para Portugal.
O líder do Chega afirmou, em seguida, que "muitos dos crimes sexuais aumentaram em países como a Suécia ou a Alemanha, fruto da imigração de origem islâmica que tiveram nos seus territórios".
Esta declaração mereceu vários apartes de protesto das bancadas à esquerda, sendo audíveis palavras como "mentiroso" ou "fascista".
"A imigração islâmica é um perigo para Portugal, é um perigo sobre as nossas mulheres e sobre as nossas cidades", concluiu André Ventura.
No final da sua intervenção, nenhum grupo parlamentar suscitou um pedido de esclarecimento, ao contrário do que tinha acontecido com todas as anteriores declarações políticas de outros partidos.
O deputado do Chega criticou a forma como foi feito, durante a noite, o realojamento de 49 pessoas no empreendimento ZMar e na Pousada da Juventude de Almograve, em Odemira, dizendo que "não houve nenhuma negociação com os moradores" e classificando a requisição civil como "ilegal e inconstitucional".
"O Chega exigirá nos tribunais que seja revertida por ser um ataque inadmissível aos direitos humanos. Amanhã ainda, o Chega entrará novamente no Supremo Tribunal Administrativo com um pedido para que reverta a decisão do Governo de permitir que sejam requisitadas casas, habitações e propriedades", afirmou.
André Ventura acrescentou que o Chega pedirá também à Procuradoria-Geral da República "que fiscalize" a forma como foi feita esta requisição.
As freguesias de Longueira-Almograve e São Teotónio, em Odemira, estão em cerca sanitária desde a semana passada por causa da elevada incidência de covid-19 entre os imigrantes que trabalham na agricultura na região.
Entretanto, o Governo decidiu hoje manter a cerca sanitária, mas com "condições específicas de acesso ao trabalho" a partir de segunda-feira, foi hoje anunciado.
Na sexta-feira, o Governo determinou "a requisição temporária, por motivos de urgência e de interesse público e nacional", da "totalidade dos imóveis e dos direitos a eles inerentes" que compõem o complexo turístico ZMar Eco Experience, na freguesia de Longueira-Almograve (Odemira), para alojar pessoas em confinamento obrigatório ou permitir o seu "isolamento profilático".
Desde que foi determinada a requisição temporária do Zmar, para alojar pessoas em confinamento obrigatório ou permitir o seu "isolamento profilático", os proprietários destas casas têm protestado contra a decisão do Governo.
Na quarta-feira, o advogado que representa um grupo de proprietários revelou que interpôs em tribunal uma providência cautelar contra a fundamentação da requisição temporária do complexo turístico.