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Última reunião de Draghi sem novidades: BCE mantém juros e pacote de estímulos
A última de reunião de política monetária presidida por Mario Draghi terminou sem novidades. A próxima já será com a primeira mulher presidente do BCE, Christine Lagarde.
O Banco Central Europeu (BCE) manteve os juros em mínimos históricos e reafirmou a implementação de um novo pacote de estímulos na última reunião de política monetária presidida por Mario Draghi. O italiano abandona o BCE a 31 de outubro, sendo substituído por Christine Lagarde, ex-diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Na reunião de hoje, o Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu que a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,00%, 0,25% e −0,50%, respetivamente", lê-se na decisão divulgada esta quinta-feira, 24 de outubro. A última taxa referida foi reduzida de -0,4% para -0,5% na reunião de 12 de setembro, a penúltima de Draghi e uma das mais polémicas com uma divisão interna "sem precedentes".
A expectativa do banco central da Zona Euro é que as taxas de juro diretoras se mantenham nos níveis atuais - admitindo que possam ir para "níveis inferiores" - até que seja observável que as "perspetivas de inflação estão a convergir de forma robusta no sentido de um nível suficientemente próximo, mas abaixo, de 2% no seu horizonte de projeção e que essa convergência se tenha refletido consistentemente na dinâmica da inflação subjacente".
No comunicado, o Conselho do BCE, que junta os membros da comissão executiva do banco central e os governadores dos bancos centrais dos 19 países da Zona Euro, confirma o relançamento das aquisições líquidas do programa de compra de ativos, nomeadamente obrigações soberanas da Zona Euro, a um ritmo mensal de 20 mil milhões de euros - um montante abaixo do volume do programa anterior - a partir de 1 de novembro. As compras líquidas vão decorrer até quando for necessário para "reforçar o impacto acomodatício das taxas diretoras". A expectativa é que as compras terminam "pouco antes de começar a aumentar as taxas de juro diretoras do BCE".
Além de fazer novas compras, o banco central compromete-se também, como tem vindo a fazer desde que o programa anterior terminou em dezembro de 2018, a reinvestir na totalidade os títulos que entretanto chegarem à maturidade. Este reinvestimento decorrerá "durante um período prolongado após a data em que comece a aumentar as taxas de juro diretoras do BCE e, em qualquer caso, enquanto for necessário para manter condições de liquidez favoráveis e um nível amplo de acomodação monetária".
Na última reunião, o Conselho do BCE anunciou estas novas medidas de estímulos - juros mais negativos e novo programa de compra -, mas também revelou que haverá "prendas" para os bancos europeus: os empréstimos de longo prazo à banca (TLTRO III) ficarão mais favoráveis e implementará um sistema de escalonamento para os depósitos dos bancos junto do BCE que reduz a fatura com os juros negativos.
O ainda presidente do BCE, Mario Draghi, fará a sua última conferência de imprensa após uma reunião de política monetária do BCE às 13h30, hora de Lisboa, a partir da Eurotower de Frankfurt, a sede do banco central da Zona Euro.
(Notícia atualizada com mais informação às 13h)
"Na reunião de hoje, o Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu que a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,00%, 0,25% e −0,50%, respetivamente", lê-se na decisão divulgada esta quinta-feira, 24 de outubro. A última taxa referida foi reduzida de -0,4% para -0,5% na reunião de 12 de setembro, a penúltima de Draghi e uma das mais polémicas com uma divisão interna "sem precedentes".
No comunicado, o Conselho do BCE, que junta os membros da comissão executiva do banco central e os governadores dos bancos centrais dos 19 países da Zona Euro, confirma o relançamento das aquisições líquidas do programa de compra de ativos, nomeadamente obrigações soberanas da Zona Euro, a um ritmo mensal de 20 mil milhões de euros - um montante abaixo do volume do programa anterior - a partir de 1 de novembro. As compras líquidas vão decorrer até quando for necessário para "reforçar o impacto acomodatício das taxas diretoras". A expectativa é que as compras terminam "pouco antes de começar a aumentar as taxas de juro diretoras do BCE".
Além de fazer novas compras, o banco central compromete-se também, como tem vindo a fazer desde que o programa anterior terminou em dezembro de 2018, a reinvestir na totalidade os títulos que entretanto chegarem à maturidade. Este reinvestimento decorrerá "durante um período prolongado após a data em que comece a aumentar as taxas de juro diretoras do BCE e, em qualquer caso, enquanto for necessário para manter condições de liquidez favoráveis e um nível amplo de acomodação monetária".
Na última reunião, o Conselho do BCE anunciou estas novas medidas de estímulos - juros mais negativos e novo programa de compra -, mas também revelou que haverá "prendas" para os bancos europeus: os empréstimos de longo prazo à banca (TLTRO III) ficarão mais favoráveis e implementará um sistema de escalonamento para os depósitos dos bancos junto do BCE que reduz a fatura com os juros negativos.
O ainda presidente do BCE, Mario Draghi, fará a sua última conferência de imprensa após uma reunião de política monetária do BCE às 13h30, hora de Lisboa, a partir da Eurotower de Frankfurt, a sede do banco central da Zona Euro.
(Notícia atualizada com mais informação às 13h)