Na quarta-feira, 5 de Outubro, Stanley Fischer discursou num seminário em Nova Iorque e sublinhou que os bancos centrais precisam de ajuda para promoverem o crescimento. Além disso, deu pistas sobre o rumo da subida de juros por parte da Fed, ao declarar que "as taxas de juro ultra-baixas não estão necessariamente para ficar, especialmente se forem implementadas as políticas certas de combate às fontes dos problemas".

Esta sexta-feira, o vice-presidente do banco central norte-americano voltou a falar, desta vez numa conferência sobre a banca em Washington, e demonstrou maior prudência, ao salientar que a criação de empregos nos EUA prossegue num ritmo "plenamente consistente" mas ao ressalvar que estes bons dados continuam a contrastar com um cenário geral de debilidade do crescimento económico no país.

Numa altura em que os mercados se questionam se a Fed subirá os juros directores ainda este ano, todos os olhares têm estado concentrados nos discursos dos responsáveis da autoridade monetária para tentarem obter sinais sobre o timing para a subida das taxas.

Os juros directores foram aumentados em 25 pontos base, em Dezembro do ano passado, para um intervalo entre 0,25% e 0,50%, após quase uma década sem terem subido [e que estavam em mínimos históricos desde 2008].

A probabilidade de a Fed aumentar os juros directores em Dezembro está agora nos 65,9%, contra 53% na semana passada, segundo os dados compilados pela Bloomberg. Quanto à possibilidade de ser já em Novembro, apenas 17,1% dos operadores acredita agora que isso possa acontecer.