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“Revisão da estratégia do BCE é uma boa notícia para Portugal”, diz Centeno

O governador do Banco de Portugal considera que as mudanças poderão representar para Portugal mais tempo para corrigir fragilidades, como por exemplo o endividamento.

O Banco de Portugal, liderado por Mário Centeno, apresentou o relatório de     estabilidade financeira.
Bruno Colaço
12 de Julho de 2021 às 08:21
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Em entrevista ao jornal Público, Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, tece comentários ao anúncio da revisão da estratégia do Banco Central Europeu (BCE), a primeira revisão em 18 anos.

Centeno, que é também membro do conselho de governadores do BCE, sublinha que a revisão da estratégia, que reforça "a capacidade do BCE para políticas monetárias acomodatícias em períodos de subida da inflação acima dos 2%", dá mais tempo a Portugal para corrigir fragilidades, dando como exemplos o endividamento.

"Esta revisão de estratégia dá um passo muito significativo na capacidade que o BCE tem de manter políticas monetárias acomodatícias em períodos de subida da inflação acima dos 2%, desde que de forma temporária e moderada", indica Mário Centeno, que acrescenta que, desse ponto de vista, a revisão de estratégia trata-se de "uma boa notícia para a necessidade que Portugal tem de ter um período continuado de transição de convergência destes indicadores com a zona euro". "Não podemos perder essa oportunidade, temos de retomar esse caminho assim que a evolução da pandemia o permitir. As decisões tomadas na Europa no ano passado e que continuam a ser tomadas este ano, e aqui incluo claramente a política monetária, têm vindo no sentido de atribuir tempo para que este processo se materialize. Em Portugal, não podemos ficar parados", sublinha o governador do Banco de Portugal.

Já sobre os estímulos às economias, Mário Centeno indica que não se deve "recear" o momento de retirada de estímulos, mas que tal momento não pode ser antecipado. "Estes instrumentos tiveram muito sucesso, contribuíram de forma muito positiva para atingir os objetivos e essa lição, naturalmente, não pode deixar de ser levada em conta quando nos tivermos a adaptar e, em alguns casos, estivermos a fazer a sua retirada, porque não devemos recear esse momento. Mas não o podemos antecipar", alerta.
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