Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Reserva Federal prevê subida das taxas de juro este ano

O vice-presidente da Reserva Federal (Fed), Stanley Fischer, afirmou que o banco central norte-americano prevê uma primeira subida das taxas de juro antes do fim do ano, mas afirmou que esta "previsão" não é "uma promessa".

Bloomberg
11 de Outubro de 2015 às 17:56
  • ...

Num discurso em Lima (Peru), nas reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, divulgado antecipadamente, Fischer considerou que "os efeitos dos recentes desenvolvimentos" económicos internacionais, nomeadamente o abrandamento da China e a volatilidade dos mercados financeiros, não devem "ser suficientemente importantes para ter um impacto significativo na política monetária".

 

Nos últimos meses, a Fed tem dado sinais de que pode subir as taxas de juro antes do final do ano, se a economia norte-americana continuar a dar sinais de robustez. As taxas de juro estão próximas de zero desde a crise financeira de 2008.

 

O banco central norte-americano decidiu, no entanto, adiar a decisão na sua reunião de Setembro, pelo que agora as atenções se centram nas reuniões de 27 e 28 de Outubro e de 15 e 16 de Dezembro.

 

Fischer reafirmou que a maioria dos membros do comité de política monetária da Fed prevê que as condições económicas nos Estados Unidos "permitam uma primeira subida das taxas de referência mais para o final do ano". "No entanto, isto é uma previsão, não uma promessa", sublinhou.

 

Após uma primeira subida, o ajustamento será feito a um "ritmo gradual ao longo de vários anos", acrescentou Fischer.

 

O número dois do banco central norte-americano disse também que o crescimento norte-americano prossegue a um ritmo "moderado", mas suficiente para "criar progressos contínuos no mercado de trabalho". Após ter ficado em 2,25% no primeiro semestre, no segundo semestre deverá ficar em cerca de 2%, indicou.

 

Fischer reconheceu que as exportações norte-americanas vão sentir os efeitos da valorização do dólar e do abrandamento da economia mundial. Isso terá "talvez um impacto negativo mais prolongado no crescimento, o que será, no entanto, compensado por outras fontes", como os gastos dos consumidores, referiu.

 

O responsável da Fed explicou que na reunião de Setembro, o comité de política monetária analisou "mais do que é habitual" a saúde da economia externa, optando por esperar antes da normalização da sua política monetária. "O que é normal tendo em conta a influência crescente da evolução económica internacional na economia dos Estados Unidos através das exportações, das importações e do fluxo de capitais", acrescentou.

 

Fischer disse também que após conversações em Lima com dirigentes de países emergentes, estes dizem-se alertados para as consequências de uma viragem na política monetária norte-americana. "Estamos empenhados em comunicar as nossas intenções o melhor possível", garantiu.

Ver comentários
Saber mais Fischer Banco Mundial FMI Fundo Monetário Internacional Estados Unidos Fed política monetária
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio