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Presidente do Bundesbank prevê inflação superior a 4% na Alemanha e insta BCE a reagir rapidamente
Relativamente ao debate sobre a dívida pública na Europa, Joachim Nagel falou a favor de "regras mais robustas no futuro, com menos opções de serem contornadas".
09 de Fevereiro de 2022 às 12:19
O presidente do Bundesbank, Joachim Nagel, estimou para este ano uma inflação "significativamente superior a 4%" na Alemanha e apelou ao Banco Central Europeu (BCE) para reagir rapidamente.
"Se as perspetivas não mudarem até março, pronunciar-me-ei a favor da normalização da política monetária", disse o novo presidente do banco central alemão numa entrevista publicada esta quarta-feira no semanário alemão Zeit. Nagel defendeu que, na sua opinião, "os custos económicos são significativamente mais elevados" se, em vez de se agir cedo, se agir tarde, referindo-se a exemplos do passado.
"Se esperarmos demasiado tempo e depois tivermos de agir mais massivamente, as flutuações do mercado poderão ser mais fortes", advertiu Nagel.
Por outro lado, assinalou que é provável que este ano se verifique um aumento das taxas de juro, embora tenha dito que primeiro a compra de ativos do Estado e de empresas tem de acabar. "O primeiro passo é acabar com as compras líquidas de obrigações em 2022. Então as taxas de juro poderiam subir já este ano", disse Nagel.
Relativamente ao debate sobre a dívida pública na Europa, Nagel falou a favor de "regras mais robustas no futuro, com menos opções de serem contornadas". No discurso inaugural em 11 de janeiro, Nagel assegurou que manteria a linha do seu antecessor, Jens Weidmann, que sempre tentou alertar para os perigos inflacionistas e sempre criticou a política monetária expansionista do BCE.
"Se as perspetivas não mudarem até março, pronunciar-me-ei a favor da normalização da política monetária", disse o novo presidente do banco central alemão numa entrevista publicada esta quarta-feira no semanário alemão Zeit. Nagel defendeu que, na sua opinião, "os custos económicos são significativamente mais elevados" se, em vez de se agir cedo, se agir tarde, referindo-se a exemplos do passado.
Por outro lado, assinalou que é provável que este ano se verifique um aumento das taxas de juro, embora tenha dito que primeiro a compra de ativos do Estado e de empresas tem de acabar. "O primeiro passo é acabar com as compras líquidas de obrigações em 2022. Então as taxas de juro poderiam subir já este ano", disse Nagel.
Relativamente ao debate sobre a dívida pública na Europa, Nagel falou a favor de "regras mais robustas no futuro, com menos opções de serem contornadas". No discurso inaugural em 11 de janeiro, Nagel assegurou que manteria a linha do seu antecessor, Jens Weidmann, que sempre tentou alertar para os perigos inflacionistas e sempre criticou a política monetária expansionista do BCE.