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Powell diz que economia dos EUA é "resiliente" mas alerta para o risco do coronavírus

Na sua comunicação ao Congresso, o presidente da Fed garantiu que o banco central está a monitorizar de perto a evolução do coronavírus, que poderá levar a disrupções na China com efeitos na economia global.

Reuters
11 de Fevereiro de 2020 às 15:03
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O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, mostrou-se otimista quanto às perspetivas para a economia norte-americana na sua primeira comunicação bianual de 2020 ao Congresso dos Estados Unidos, tendo alertado, porém, para a potencial ameaça do coronavírus da China ao crescimento.

No discurso dirigido ao Comité de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes, o líder da Fed sublinhou que, no segundo semestre de 2019, a economia norte-americana – que vai já no seu 11.º ano consecutivo de expansão – "pareceu resiliente às adversidades que se intensificaram no verão passado", com a atividade económica a aumentar e o mercado de trabalho a fortalecer-se.

Neste sentido, e com os riscos associados ao comércio a diminuírem, Powell sinalizou não ver motivo para ajustar os juros nos Estados Unidos, a menos que novos desenvolvimentos precipitem uma "reavaliação" do outlook atual.

Esta postura faz eco do relatório formal entregue pela Fed ao Congresso, na sexta-feira, que repetiu a visão do banco central de que a taxa de juro de referência, entre 1,5% e 1,75%, é "apropriada" para manter o ritmo de crescimento da economia norte-americana.

No entanto, o líder da Fed admite que há riscos relacionados com a propagação do coronavírus da China – que já forçou centenas de empresas a suspenderem a sua produção naquele país – e que poderá ter efeitos negativos na economia mundial.

"Estamos a monitorizar de perto a emergência do coronavírus, que poderá levar a disrupções na China que tenham efeitos de repercussão no resto da economia global", afirma o responsável.

Sobre a evolução do mercado de trabalho, o ritmo de subida do emprego "permaneceu acima do necessário para gerar empregos para novos trabalhadores que entram na força de trabalho", reduzindo o desemprego, disse Powell. "Os empregadores estão cada vez mais dispostos a contratar trabalhadores com menos habilitações e a dar-lhes formação", acrescentou.

No entanto, Powell salientou que existem alguns sinais preocupantes no mercado de trabalho, incluindo disparidades entre grupos raciais e étnicos, e uma quebra da produtividade, que já está a ter reflexos nos resultados das empresas.

O investimento e as exportações das empresas foram fracos no segundo semestre de 2019, disse Powell, depois das disputas com os principais parceiros comerciais.

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