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Powell: A economia dos EUA está "em grande forma" para receber subida dos juros
No Fórum do BCE, o presidente da Reserva Federal norte-americana assegurou que a economia dos Estados Unidos está robusta o suficiente para lidar com uma subida das taxas de juro e manter um mercado de trabalho saudável.
"A economia está em grande forma" começou por afirmar Jerome Powell, apontando para as altas taxas de criação de emprego e as almofadas financeiras das famílias e das empresas.
Para o responsável norte-americano, isso permite que a Fed possa tomar medidas para reduzir a inflação para 2% e manter um mercado de trabalho sólido. Ainda assim, Powell admitiu que o objetivo se dificultou nos últimos tempos.
Ainda assim, a expectativa da reserva federal é que "o crescimento se mantenha positivo", afirmou Powell.
O presidente do banco central dos EUA sublinhou ainda que subir as taxas de juro sem criar uma recessão "é o objetivo" e defendeu que "há caminhos para o atingir".
A fed aumentou taxas de juro em 75 pontos base a 15 de junho e Powell já sinalizou um outro movimento de subida da mesma dimensão - ou de pelo menos 50 pontos - depois da próxima reunião de julho. Esta mudança na política monetária abanou os mercados financeiros e lançou receios da criação de uma recessão económica.
Bancos centrais devem "ser cuidadosos a calibrar a resposta contra a inflação"
O alerta vem do diretor-geral do Banco de Pagamentos Internacionais (BIS, na sigla em inglês): os bancos centrais devem "ser cuidadosos a calibrar a resposta contra a inflação".
"É complexo, é muito complexo", insistiu Agustín Carstens, que lidera o banco central dos bancos centrais. Mas "existem muitos instrumentos" para este combate, ressalvou.
Para Carstens é importante distinguir os vários tipos de inflação, através do apuramento das causas. A frase do responsável deu a deixa à presidente do BCE, Christine Lagarde, que começou por explicar a "gravidade" da crise nas cadeias de abastecimento, tal como o efeito da energia.
Já o presidente da Reserva Federal norte-americana deu o exemplo da oferta automóvel que escasseou os EUA, mas deu uma nota de esperança sublinhando que a situação é "reversível".
(Notícia atualizada às 15:20 com mais informação)