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Fed mantém juros inalterados e avisa que precisa de "confiança" para iniciar cortes

A taxa dos fundos federais inalterada, em concreto num intervalo entre 5,25% e 5,5%. Esta decisão não foi uma surpresa para o mercado, que só espera que os cortes de juros só comecem em setembro. Ainda assim, em comunicado, a Fed alerta que só haverá reduções se existir "confiança" de que a inflação está em queda.

Kevin Mohatt / Reuters
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A Reserva Federal (Fed) norte-americana decidiu, pela 12.ª vez, manter a taxa dos fundos federais inalterada, em concreto num intervalo entre 5,25% e 5,5%, e portanto, em máximos de mais de 20 anos. Esta decisão não foi uma surpresa para o mercado, que só espera que os cortes de juros só comecem em setembro.

Em comunicado, o banco central liderado por Jerome Powell justifica sua decisão, sobretudo tendo por base os dados sobre o mercado de trabalho e os preços, mas mostra-se ligeiramente mais otimista do que nas notas anteriores referentes às últimas reuniões, como aliás já antecipavam alguns analistas.

A Fed explica que a "[a taxa de] emprego foi moderada e a taxa de desemprego subiu, mas permanece baixa". Já no que diz respeito à inflação, a autoridade monetária salienta que "foram feitos progressos nos últimos meses no sentido de alcançar a meta dos 2%". 

Na sua antevisão sobre este encontro, o Goldman Sachs previu que a Fed diria que "a taxa de desemprego subiu ligeiramente, mas continua baixa" e que já tenham sido feitos "progressos" (eliminando o adjetivo "modestos") em direção ao objetivo do banco central. 

A inflação nos EUA caiu inesperadamente 0,1% em termos mensais, em junho. Já em termos anuais foi registada uma subida para 3% – a menor aceleração do ano. Os números foram mais positivos que o esperado pelos analistas. Já a taxa de desemprego subiu de 4% em maio para 4,1% em junho.

Já quanto à possibilidade de a Fed começar a cortar a taxa dos fundos federais em setembro, como antecipa o mercado e os analistas, a Fed avisa que "quaisquer que sejam os ajustamentos" aos juros, a instituição "vai avaliar, cuidadosamente, os dados que forem sendo recebidos, a evolução das perspetivas e o equilíbrio dos riscos". 

Assim, a autoridade monetária "não espera que seja apropriado reduzir [os juros] até que tenha uma maior confiança de que a inflação está a cair de forma sustentada para os 2%".

Dos juros para o balanço, a Fed assegura que vai continuar a reduzir a dívida que está na carteira da instituição, um movimento conhecido em inglês como "quantitative tightening".

(Notícia atualizada às 19:16 horas).

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