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Morgan Stanley defende que Zona Euro resiste a mais subidas das taxas de juro

Os especialistas acreditam que "neste momento o mercado está a chegar à conclusão de que a Europa pode evitar a recessão". Já o membro do conselho do BCE Fabio Panetta pede "aumentos mais pequenos" das taxas de juro.

Wolfgang Rattay/Reuters
16 de Fevereiro de 2023 às 12:46
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A Zona Euro pode resistir a mais aumentos das taxas de juros diretoras, de acordo com a análise técnica do Morgan Stanley, o que também leva o banco de investimento a adotar uma perspetiva "bullish" sobre o desempenho da moeda única nos próximos tempos.

 

Para chegar a estas conclusões, os estrategas do gigante de Wall Street recorreram a um indicador de análise técnica: o "spread" entre o valor atual da taxa de juro a três meses e o "outlook" dos investidores sobre esta mesma taxa para daí a 18 meses. Se no caso dos EUA e Nova Zelândia, este indicador se encontra "invertido", no caso da Zona Euro está "estável" depois de cair em janeiro, segundo o Morgan Stanley.

 

Esta estabilidade do diferencial entre perspetivas e valor atual da taxa de juro a três meses é um sinal de que a Zona Euro pode resistir a mais aumentos dos juros diretores. "Quanto [a taxa] está muito invertida é um sinal de que o banco central já restringiu de forma suficiente" a política monetária, o que é consistente com a ideia de que a economia "está a entrar em recessão".

 

No caso da Zona Euro, este cenário não se verifica o que é um sinal de que "a Europa pode resistir a taxas de juro mais elevadas", consideram.

 

"No ano passado, os investidores estavam céticos em relação à previsão do BCE  que afirmava que a Zona Euro podia evitar a recessão, dado que os preços da energia estavam em alta". Porém, "neste momento o mercado está a chegar à conclusão de que a Europa pode evitar a recessão", defende o Morgan Stanley.

 

Panetta pede subidas menores das taxas de juro

Já do outro lado do tabuleiro, o italiano Fabio Panetta, membro do conselho do BCE, considerou que a autoridade monetária deve realizar aumentos mais pequenos das taxas de juro e evitar compromissos para com subidas futuras, à medida que a inflação cai.

 

"Com as taxas de juro a movimentarem-se neste momento para terreno restritivo, é a extensão e a duração da restrição da política monetária que importa", começou por explicar Panetta durante uma conferência sobre política monetária em Londres.

 

"Ao suavizar as nossas subidas das taxas de juro, ou seja ao movermo-nos a passos mais pequenos, podemos garantir que calibramos os elementos com mais precisão à medida das informações que são recebidas", acrescentou o membro do BCE.

Após a última reunião de política monetária, o banco central anunciou mais um aumento em 50 pontos base das taxas de juro diretoras, tendo a presidente Christine Lagarde antecipado mais uma subida desta dimensão depois do próximo encontro agendado para março. 

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