Notícia
Mersch: BCE deve limitar o seu poder de emergência para responder a crises temporárias
O membro da comissão executiva do banco central é da opinião que a instituição deve limitar os seus poderes de emergência, numa altura em que o balanço continua a escalar para máximos históricos.
O membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), Yves Mersch, diz que a instituição pode enfrentar sérios riscos legais se tentar estender os seus programas de emergência de resposta à pandemia no tempo e se os alargar a outras operações já existentes.
Numa entrevista à Bloomberg publicada no site do banco central, o advogado de 70 anos - que irá abandonar a posição no BCE no final deste ano - alega que "é sempre mais fácil governar se tiveres poderes de emergência e se os prolongares para sempre".
"Nós livramo-nos de certas restrições auto-impostas para responder a esta pandemia e devido à sua natureza excecional e de ameaça - e isso significa que deve ser uma situação temporária", atira o membro do BCE, acrescentando que "claro que podemos alargar o seu caráter temporário, mas a pandemia não vai durar para sempre".
Os comentários de Mersch surgem depois de o Financial Times ter avançado no fim-de-semana que o BCE poderá fazer uma revisão aos seus programas atuais de compra de ativos no próximo mês, para além do PEPP, conferindo ainda mais flexibilidade à sua atuação.
Apesar de não ser totalmente claro sobre quais serão as possíveis alterações, as mudanças poderão passar por uma extensão do prazo referente ao programa de compras pandémico e injetar mais flexibilidade aos restantes programas em vigor antes do PEPP - lançado em março e cujo montante total foi alargado para 1,35 biliões de euros em junho.
O programa de 1,35 biliões de euros (PEPP) "foi criado em primeiro lugar para ser um 'backstop". "Não podemos dizer que a pandemia acabou, mas continuamos com o programa pandémico, ou transferimos os princípios deste programa para outros já existentes. Na minha humilde perceção sobre o que diz a lei, esta será uma operação bastante curiosa", atira.
O balanço do BCE continua a subir e o banco tem agora em carteira cerca de 6,5 biliões de euros em ativos pela primeira vez na sua história, com Lagarde a continuar a imprimir velocidade nas operações de compra. Na semana terminada a 18 de setembro, o balanço voltou a engordar cerca de 27,8 mil milhões de euros, o maior volume desde julho.
Agora, o montante total adquirido pelo banco central equivale a 63,6% do PIB (produto interno bruto) da Zona Euro. Um valor bem superior ao peso no PIB de 36,3% dos ativos que constam no balanço da Reserva Federal dos Estados Unidos, mas ainda bem abaixo dos 135,3% do envelope acumulado pelo Banco do Japão.
Numa entrevista à Bloomberg publicada no site do banco central, o advogado de 70 anos - que irá abandonar a posição no BCE no final deste ano - alega que "é sempre mais fácil governar se tiveres poderes de emergência e se os prolongares para sempre".
Os comentários de Mersch surgem depois de o Financial Times ter avançado no fim-de-semana que o BCE poderá fazer uma revisão aos seus programas atuais de compra de ativos no próximo mês, para além do PEPP, conferindo ainda mais flexibilidade à sua atuação.
Apesar de não ser totalmente claro sobre quais serão as possíveis alterações, as mudanças poderão passar por uma extensão do prazo referente ao programa de compras pandémico e injetar mais flexibilidade aos restantes programas em vigor antes do PEPP - lançado em março e cujo montante total foi alargado para 1,35 biliões de euros em junho.
O programa de 1,35 biliões de euros (PEPP) "foi criado em primeiro lugar para ser um 'backstop". "Não podemos dizer que a pandemia acabou, mas continuamos com o programa pandémico, ou transferimos os princípios deste programa para outros já existentes. Na minha humilde perceção sobre o que diz a lei, esta será uma operação bastante curiosa", atira.
O balanço do BCE continua a subir e o banco tem agora em carteira cerca de 6,5 biliões de euros em ativos pela primeira vez na sua história, com Lagarde a continuar a imprimir velocidade nas operações de compra. Na semana terminada a 18 de setembro, o balanço voltou a engordar cerca de 27,8 mil milhões de euros, o maior volume desde julho.
Agora, o montante total adquirido pelo banco central equivale a 63,6% do PIB (produto interno bruto) da Zona Euro. Um valor bem superior ao peso no PIB de 36,3% dos ativos que constam no balanço da Reserva Federal dos Estados Unidos, mas ainda bem abaixo dos 135,3% do envelope acumulado pelo Banco do Japão.