Notícia
Lagarde considera "prematuro" estar já a falar numa retirada do PEPP
A líder do banco central afastou a ideia de que alguns membros do Conselho do BCE estarão já a equacionar uma saída do programa de compras de dívida criado para responder à pandemia.
O Banco Central Europeu (BCE) ainda não discutiu quando e como deverá abandonar o PEPP, o mecanismo de compra de dívida que criou especialmente para responder aos desafios da pandemia, garante Chistine Lagarde, líder da instituição, numa altura em que alguns especialistas preveem que no terceiro trimestre deste ano os chamados "falcões" dentro do banco comecem a pressionar por um recuo neste programa extraordinário.
Na conferência de imprensa que sucedeu às decisões do encontro de abril, Lagarde garante que é "prematuro" estar a falar de uma retirada dos estímulos extraordinários, uma vez que ainda existe muita incerteza quanto à propagação da covid-19, que tem voltado a subir de intensidade nas últimas semanas em vários países da Europa, obrigando a novas restrições.
No seio do BCE existe uma divisão histórica entre aqueles que são a favor de uma política monetária agressiva, os chamados "falcões", e aqueles que defendem uma postura mais flexível e acomodatícia por natureza, as "pombas". A atual crise tem sido capaz de silenciar esta rutura, mas esta discussão estará prestes a rebentar, considera Franck Dixmier, analista da Allianz GI.
Sobre as minutas da reunião de março, Dixmier atenta para a "divisão" demonstrada entre "aqueles que são a favor de uma política monetária agressiva e aqueles que defendem uma retirada gradual", concluindo que, ainda assim, "a conjuntura económica atual permite ao BCE continuar a justificar a sua política acomodatícia e adiar esse debate".
Lagarde urge rapidez à UE
Mais uma vez, a líder do BCE reiterou a necessidade de agilizar o pacote orçamental que foi desenhado pela União Europeia para responder à crise pandémica, o "Next Generation EU", mas que tarda em chegar aos cofres dos países.
Ontem, o Tribunal Constitucional alemão recusou a providência cautelar que visava impedir a Alemanha de ratificar o reforço dos recursos próprios da União Europeia, necessário à realização da emissão de dívida conjunta que irá financiar o plano de recuperação europeu. Esta decisão retira um dos principais obstáculos a uma implementação mais célere da denominada bazuca europeia, ainda dependente da ratificação por alguns Estados-membros.
A Alemanha é dos poucos países da UE que ainda não ratificou a criação dos novos recursos próprios necessários para que a Comissão emita os 750 mil milhões de euros de dívida do plano de relançamento económico. No último Conselho Europeu, António Costa disse que, dos 27, 23 Estados-membros já tinham ratificado ou calendarizado a ratificação. A Polónia deverá votar favoravelmente ao programa em maio.
Na conferência de imprensa que sucedeu às decisões do encontro de abril, Lagarde garante que é "prematuro" estar a falar de uma retirada dos estímulos extraordinários, uma vez que ainda existe muita incerteza quanto à propagação da covid-19, que tem voltado a subir de intensidade nas últimas semanas em vários países da Europa, obrigando a novas restrições.
Sobre as minutas da reunião de março, Dixmier atenta para a "divisão" demonstrada entre "aqueles que são a favor de uma política monetária agressiva e aqueles que defendem uma retirada gradual", concluindo que, ainda assim, "a conjuntura económica atual permite ao BCE continuar a justificar a sua política acomodatícia e adiar esse debate".
Ducrozet diz que o "braço de ferro" entre os dois lados da barricada deverá fazer-se sentir no terceiro trimestre deste ano, altura em que haverá uma visão mais ampla da pulsação da economia da região.
Lagarde urge rapidez à UE
Mais uma vez, a líder do BCE reiterou a necessidade de agilizar o pacote orçamental que foi desenhado pela União Europeia para responder à crise pandémica, o "Next Generation EU", mas que tarda em chegar aos cofres dos países.
Ontem, o Tribunal Constitucional alemão recusou a providência cautelar que visava impedir a Alemanha de ratificar o reforço dos recursos próprios da União Europeia, necessário à realização da emissão de dívida conjunta que irá financiar o plano de recuperação europeu. Esta decisão retira um dos principais obstáculos a uma implementação mais célere da denominada bazuca europeia, ainda dependente da ratificação por alguns Estados-membros.
A Alemanha é dos poucos países da UE que ainda não ratificou a criação dos novos recursos próprios necessários para que a Comissão emita os 750 mil milhões de euros de dívida do plano de relançamento económico. No último Conselho Europeu, António Costa disse que, dos 27, 23 Estados-membros já tinham ratificado ou calendarizado a ratificação. A Polónia deverá votar favoravelmente ao programa em maio.