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Fed mantém taxa de juro inalterada mas nota que aumento está mais próximo

Apesar de ter decidido não alterar as taxas de juro, a Reserva Federal dos Estados Unidos assume que a possibilidade de uma subida dos custos do dinheiro se reforçou.

Reuters
02 de Novembro de 2016 às 18:25
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Depois do encontro terminado esta quarta-feira, 2 de Novembro, a Reserva Federal dos Estados Unidos decidiu manter inalteradas a taxa de juro no intervalo entre 0,25% e 0,5%, uma decisão esperada pelos analistas até porque se aproximam as eleições presidenciais norte-americanas e dificilmente a Fed tomaria agora uma decisão que pudesse influenciar o resultado final de 8 de Novembro. 
 
Desta vez apenas dois membros da Fed (Esther George e Loretta Mester) votaram a favor de um aumento imediato dos juros nos Estados Unidos, menos do que os três que em Setembro apoiaram um novo aumento dos custos do dinheiro.

No entanto, no comunicado divulgado depois da reunião da instituição liderada por Janet Yellen, que decorreu nos últimos dois dias em Washington, a Fed refere que a melhoria dos indicadores económicos reforça o cenário de uma nova subida dos juros, o que eleva a especulação de um aumento já no mês de Dezembro, o que a confirmar-se será o segundo no espaço de um ano.

"O Comité [de política monetária] considera que o caso para um aumento da taxa de juro continuou a reforçar-se mas decidiu, por agora, aguardar por sinais adicionais" relativos à recuperação da maior economia mundial, pode ainda ler-se na nota revelada depois do final do encontro que, desta feita, não culminou com a realização de uma conferência de imprensa.
 
A Fed nota que continuam em curso políticas acomodatícias que irão suportar a "melhoria das condições do mercado laboral e um regresso da inflação [à meta dos] 2%". Ainda sobre a taxa de inflação, a autoridade monetária norte-americana acredita que esta deverá crescer para os 2% no médio prazo.
 
Por outro lado, para a Reserva Federal os riscos que se colocam às perspectivas económicas no curto prazo "parecem no essencial moderados".

Citado pelo The Guardian, o analista-chefe de mercados da Xtrade, Paul Sirani, começa por notar que a manutenção dos juros inalterados era uma decisão esperada, até pelo aproximar das eleições norte-americanas, acrescentando que, "porém, está a tornar-se cada vez mais claro que Yellen irá implementar um aumento [dos juros] no início do próximo mês tendo em conta os sinais de que a economia norte-americana está a melhorar gradualmente".

(Notícia actualizada às 18:35 com mais informações)
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