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Falcões ainda dominam Fed. Subidas dos juros são para continuar

Os membros da Fed acreditam que deve demorar "algum tempo" até que haja evidências de que a inflação está a cair de forma sustentada até aos 2%.

Jerome Powell anunciou ontem as alterações que a Reserva Federal dos Estados Unidos vai levar a cabo.
Jim Lo Scalzo/EPA
22 de Fevereiro de 2023 às 19:33
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A Reserva Federal (Fed) norte-americana mantém-se inclinada a manter uma política monetária restritiva para conter a inflação.

Ainda assim, "quase todos os membros" do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) do banco central apoiaram, na última decisão de política monetária, um alívio no ritmo de subida dos juros diretores, com a taxa dos fundos federais a aumentar "apenas" 25 pontos base.

No entanto, "alguns" destes membros foram a favor de um aumento maior, de 50 pontos base, sublinham as atas da última reunião da Fed, que decorreu no início deste mês.

"Os participantes [do FOMC] observaram que é necessário manter a política monetária restritiva até que os dados forneçam confiança de que a inflação está cair de forma sustentada para os 2%", um fenómeno que os membros da Fed reconhecem que "demorará algum tempo".

Além disso, alguns participantes da reunião "observaram que uma política que seja insuficientemente restritiva pode travar os progressos" alcançados no combate à inflação, acrescentam as atas.

"No geral os participantes notaram que os riscos de crescimento relativos ao ‘outlook’ da inflação continuam a ser um fator-chave" para definir o futuro da política monetária da Fed.

Paralelamente, os membros da autoridade monetária consideraram que "é apropriado, tendo em conta uma perspetiva de gestão de risco, manter uma política monetária restritiva até que a inflação esteja claramente a caminho dos 2%".

Por fim, as atas revelam que não foi só no que toca ao ritmo de subida das taxas de juro que houve discórdia entre os membros do FOMC.

"Os participantes consideraram que a situação financeira está muito mais apertada do que no início de 2022". No entanto "vários desses participantes sublinharam que alguns indicadores dessa situação financeira têm vindo a aliviar nos últimos meses", refere o documento.


Na última reunião de política monetária, o banco central liderado por Jerome Powell (na foto) subiu a taxa dos fundos federais em 25 pontos base, abrandando o ritmo depois de quatro aumentos de 75 pontos base e um incremento de 50 pontos base.

Assim, a taxa de fundos federais está atualmente num intervalo entre 4,5% e 4,75% - o valor mais elevado desde novembro de 2007.

Na conferência de imprensa à margem da última reunião da Fed, Powell já tinha deixado claro que "há mais subidas [dos juros] por vir", apesar de inflação estar a desacelerar nos Estados Unidos. 

(Notícia atualizada às 19:59)

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