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"Falcão" austríaco volta a insistir na necessidade do BCE subir as taxas de juro em 50 pontos base já em julho

A aceleração da inflação em maio na Zona Euro motivou Robert Holzmann a voltar a insistir na necessidade de aumentar as taxas de juro diretoras em 50 pontos base já em julho. Para já, Christine Lagarde aponta apenas para uma subida de 25 pontos base.

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A aceleração da inflação em maio na Zona Euro motivou Robert Holzmann, governador do Banco da Áustria e membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), a voltar a insistir na necessidade de aumentar as taxas de juro diretoras em 50 pontos base já em julho.

O membro "falcão" da autoridade monetária justifica esta medida com a necessidade de transmitir ao mercado um sentimento de certeza de como o BCE está determinado em combater a inflação.

 

Para Robert Holzmann, "um aumento [das taxas de juro diretoras] em 50 pontos base enviaria um sinal claro e necessário [aos agentes do mercado]  de que o BCE leva a sério o combate contra a inflação", defendeu o governador austríaco em reposta a várias questões da Bloomberg, no rescaldo da divulgação da estimativa do Eurostat sobre a inflação da Zona Euro em maio. Há uma semana, Holzmann já tinha defendido esta ideia.

 

Atualmente e segundo os dados disponibilizados pela Bloomberg, o mercado monetário aponta, em média, para que a instituição aumente as taxas de juro em 35 pontos base, uma ligeira subida face à aposta desta terça-feira mais ainda assim abaixo do pico de 36 pontos base apontados pelo mercado recentemente.

 

As palavras do "falcão" austríaco surgem depois de esta terça-feira o governador italiano Ignazio Visco ter apelado à necessidade de um aumento das taxas de juro "de forma gradual", de maneira a evitar a "fragmentação" do mercado.

 

Para já, a intenção da presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, e do seu economista-chefe Philp Lane aponta apenas para uma subida das taxas de juro aplicadas aos depósitos de 25 pontos base em julho, tendo Lane reconhecido a possibilidade de um aumento semelhante em setembro.

 

A taxa de inflação anual na Zona Euro deverá ter acelerado para 8,1% em maio, mais 0,7 décimas do que em abril, quando o índice de preços no consumidor (IPC) da região tocou em 7,4%, segundo a estimativa rápida do Eurostat, divulgada esta terça-feira.

 

Os analistas consultados pela Bloomberg apontavam para que o IPC se fixasse em 7,8%. O Conselho de Política Monetária do BCE reúne no próximo dia 9 de junho.

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