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Centeno sobre corte dos juros do BCE: "Processo de desinflação é hoje mais claro"

Governador do Banco de Portugal referiu que o corte dos juros do BCE dá "mensagem de confiança e prudência" aos mercados. Previsões do banco central apontam para uma redução "similar" à da Zona Euro, convergindo para a meta do BCE de 2%.

José Sena Goulão/Lusa
07 de Junho de 2024 às 12:18
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O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, referiu esta sexta-feira que "o processo de desinflação é hoje mais claro" e que a descida das taxas de juro anunciada pelo Banco Central Europeu (BCE) dá uma mensagem de "confiança" e "prudência" aos mercados sobre a evolução da inflação nos próximos meses.

"O processo de desinflação é hoje mais claro e, por isso, demos este passo [de redução das taxas de juro]", referiu Mário Centeno, durante a conferência de imprensa de apresentação do boletim económico do BdP. 

Esta é a primeira descida dos juros na Zona Euro desde setembro de 2019. As três taxas de referência do BCE serão cortadas em 25 pontos base, depois de um ciclo de aperto monetário que durava desde o verão de 2022 para travar a subida da inflação entre os 20 países da moeda única.

"Esta redução significa que o BCE está mais confiante na trajetória de redução da inflação mas mantém níveis de prudência assinaláveis. É essa a mensagem que acho que é importante retirar da decisão de ontem [esta quinta-feira]", referiu o governador do BdP.

Mário Centeno sublinhou ainda que um sinal de prudência por parte do BCE foi o facto de o banco central ter mantido a posição de "decidir reunião a reunião, com base nos dados", deixando futuras decisões sobre novos cortes de juros "dependente daquilo que for a evolução da inflação"

As projeções macroeconómicas do BdP apontam para que a inflação continue a "reduzir-se de forma similar à da área do euro, convergindo para 2%", que é a meta defindida pelo BCE. Mário Centeno salientou ainda que o BCE é "sensível" há possibilidade de haver "alguns solavancos no processo de desinflação".

corte dos juros aprovado pelo BCE na última reunião terá efeitos nas três taxas de referência a partir de 12 de junho. A taxa de depósitos recua para 3,75%, a aplicável às operações principais de refinanciamento passa a 4,25% e a de cedência de liquidez cai para 4,5%, conforme anunciou o BdP.

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