Notícia
Centeno: "É crucial usar de forma produtiva os fundos do PRR"
O governador do Banco de Portugal frisa que aproveitar bem os fundos que vêm da Europa é fundamental - tanto para aumentar o potencial de crescimento da economia portuguesa, como para continuar o aprofundamento da integração europeia.
Falhar a execução do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) "é uma perda económica, mas também um revés na construção sólida de um enquadramento europeu", defendeu esta sexta-feira o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno. Numa conferência sobre o papel dos bancos centrais no fortalecimento do capital social, o ex-ministro das Finanças sublinhou que "é crucial usar de forma produtiva os fundos do PRR".
Mário Centeno argumentou que, ao contrário do que era habitual na União Europeia, a crise provocada pela covid-19 não gerou uma perda de confiança no euro. Antes pelo contrário. "Com a covid a confiança atingiu um máximo em 2020" porque "os europeus consideraram pela primeira vez o euro como parte da solução, porque as instituições do euro responderam de forma coletiva", defendeu.
O responsável frisou assim a importância da resposta conjunta dada pela União Europeia, com a criação do NextGeneration EU e a capacidade de emitir dívida em nome da UE, para aumentar o capital social do projeto europeu. Agora, será preciso não desperdiçar e cada Estado implementar os investimentos e reformas.
Além deste objetivo, defendeu Centeno, Portugal deve também continuar a valorizar o "capital social" que criou quando terminou em 2017 o período de défices excessivos. "O capital social de Portugal na UE estava provavelmente no seu nível mais baixo. Mas de acordo com uma sondagem em 2017, sair dos défices excessivos aumentou mais a autoestima dos portugueses do que vencer o campeonato de futebol ou a eurovisão", disse Centeno.
O país deve ainda focar-se na aposta na educação e melhoria das qualificações da população. Esse será o caminho para aumentar a igualdade de oportunidades e melhorar os rendimentos, defendeu o governador.
Mário Centeno argumentou que, ao contrário do que era habitual na União Europeia, a crise provocada pela covid-19 não gerou uma perda de confiança no euro. Antes pelo contrário. "Com a covid a confiança atingiu um máximo em 2020" porque "os europeus consideraram pela primeira vez o euro como parte da solução, porque as instituições do euro responderam de forma coletiva", defendeu.
Além deste objetivo, defendeu Centeno, Portugal deve também continuar a valorizar o "capital social" que criou quando terminou em 2017 o período de défices excessivos. "O capital social de Portugal na UE estava provavelmente no seu nível mais baixo. Mas de acordo com uma sondagem em 2017, sair dos défices excessivos aumentou mais a autoestima dos portugueses do que vencer o campeonato de futebol ou a eurovisão", disse Centeno.
O país deve ainda focar-se na aposta na educação e melhoria das qualificações da população. Esse será o caminho para aumentar a igualdade de oportunidades e melhorar os rendimentos, defendeu o governador.