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Catarina Martins: "Não temos um Governo de esquerda em Portugal"

Não é só o Orçamento de Estado para 2017 que não é de esquerda. É o próprio Governo. As declarações de Catarina Martins foram proferidas na Dinamarca, numa conferência internacional sob o lema "Por um plano B para a Europa".

13º Catarina Martins, 354 notícias - A líder do Bloco de Esquerda reforçou em 2016 o protagonismo na política portuguesa, ao dar estabilidade à geringonça. Catarina Martins esteve em média numa notícia por dia do Negócios.
19 de Novembro de 2016 às 16:33
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A líder do Bloco de Esquerda afirmou este sábado que "não temos um Governo de esquerda em Portugal". Disse-o e repetiu-o mais duas vezes logo no início da sua intervenção numa conferência internacional em Copenhaga "Por um plano B para a Europa", organizado pela Coligação dinamarquesa Verde Vermelha.

Para Catarina Martins, um Governo que não reestrutura a dívida e que obedece às regras da Comissão Europeia não pode ser considerado um Governo de esquerda. A líder do Bloco salientou até, com um sorriso no rosto, a curiosidade de Portugal ser provavelmente o único país que cumpre todas as regras europeias.

Na sua intervenção, transmitida em directo pela Internet, Catarina Martins aproveitou para lembrar uma das polémicas que está a marcar a agenda política em Portugal, citando a manchete do Expresso deste sábado como um reflexo da pressão europeia para que o salário mínimo não seja aumentado. E garantiu: "o salário mínimo vai crescer. Isto é pressão europeia, que pensa que é demasiado um salário mínimo que é metade do belga".

A líder do Bloco de Esquerda terminou a sua conferência reafirmando que Portugal não pode pagar a sua dívida porque tem de investir no seu aparelho produtivo. Mas isso é algo que o Banco Central Europeu nunca aceitará, acrescentou. É por isso que "um governo de esquerda tem de estar preparado para sair do euro", concluiu Catarina Martins.

Logo depois da apresentação do Orçamento do Estado, que o Bloco já assumiu que aprovará, Catarina Martins afirmou que este documento não era de esquerda. "Um Orçamento de esquerda teria de reestruturar a dívida. [...] Não excluía ninguém da reposição de rendimentos e, portanto, teria de ter uma estratégia mais forte para a criação de emprego. Este é um Orçamento que continua um caminho que foi iniciado para parar o empobrecimento e recuperar rendimentos do trabalho e isso [...] é positivo, mas um Orçamento de esquerda teria de responder mais pelo emprego", afirmou em entrevista à TSF, a 17 de Outubro. 

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