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Carney garante que não vai haver repetição da crise financeira no Reino Unido

O governador do Banco de Inglaterra sublinha, porém, que uma travagem do crescimento económico pode eliminar centenas de milhares de postos de trabalhos nos últimos anos.

Mark Carney, Governador do Banco Central de Inglaterra.


O responsável máximo pela política monetária inglesa já sinalizou que espera começar a subir juros em 2016, quando a actual baixa na inflação for ultrapassada.
05 de Agosto de 2016 às 12:42
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O governador do Banco de Inglaterra reiterou esta sexta-feira, 5 de Agosto, que o crescimento da economia britânica vai abrandar mesmo com os milhares de milhões de libras de novos estímulos, anunciados ontem.

 

Ainda assim, Mark Carney garante que as actuais dificuldades da economia do Reino Unido não são uma repetição da crise financeira de 2008.

 

"As pessoas não devem estar preocupadas com o crédito, isto não é a crise financeira global, não é a crise do euro – isto é um sector financeiro moderno a funcionar", afirmou Carney, em entrevista à radio LBC, citada pela Reuters.

 

"Não estamos a passar pela mesma experiência que a economia passou entre 2008 e 2012, quando foi realmente difícil", acrescentou.

 

A garantia de Carney chega um dia depois de o Banco de Inglaterra ter anunciado um corte dos juros para o mínimo histórico de 0,25% e um conjunto de outros estímulos para contrariar os efeitos negativos da decisão dos britânicos de abandonar a União Europeia.

 

Porém, o governador repetiu que, apesar do novo pacote de estímulos, a perda de empregos decorrente de uma travagem no crescimento económico pode chegar aos 250 mil nos próximos anos.  

 

Segundo a Confederação de Recrutamento e Emprego do Reino Unido, o mercado de trabalho entrou em "queda livre" depois do referendo, com o número de empregos anunciados pelas empresas de recrutamento a cair ao ritmo mais acelerado desde Maio de 2009.

 

Esta quinta-feira, o Banco de Inglaterra também reviu em baixa as estimativas de crescimento do Reino Unido. O banco central antecipa que o PIB vai subir apenas 0,1% no terceiro trimestre, e 2%, no conjunto do ano. Para 2017, as previsões para o crescimento foram cortadas de 2,3% para 0,8%.  

"Depois da decisão do Reino Unido de sair da União Europeia, a taxa de câmbio caiu e as estimativas para o crescimento no curto a médio prazo deterioraram-se de forma acentuada", lê-se nas minutas da reunião do Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra. 
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