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BCE decide manter taxas de juro inalteradas

O banco central da Zona Euro manteve a taxa de juro inalterada no mínimo histórico de 0,05%. Os mercados vão estar agora atentos à conferência de imprensa de Mario Draghi às 13h30.

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ECB Leaves Benchmark Rate Unchanged
03 de Junho de 2015 às 12:48
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As taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) vão permanecer inalteradas, pelo menos, por mais seis semanas. A decisão da autoridade monetária vai assim de encontro ao esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg.

Os mercados vão agora escutar com atenção as palavras de Mario Draghi na habitual conferência de imprensa em Frankfurt às 13h30.

A última mexida nas taxas teve lugar há nove meses. Foi na reunião de Setembro que o banco central reduziu a taxa de juro de referência para o mínimo histórico de 0,05%. Os bancos europeus vão continuar assim a pedir dinheiro emprestado ao BCE a um nível muito baixo.

As outras duas taxas do banco central também vão continuar em mínimos históricos. A taxa de juro de depósitos permanece num nível negativo (-0,20%). Assim, os bancos vão continuar a pagar para depositar dinheiro no BCE. O nível negativo desta taxa pretende precisamente evitar que os bancos estacionem o dinheiro nos cofres de Frankfurt.

A taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez também permanece inalterada nos 0,30%. Este é o juro que o BCE cobra ao efectuar empréstimos diários aos bancos.

Inflação e compra de activos em cima da mesa

A inflação na Zona euro deverá ser um dos temas da conferência de imprensa do BCE. Mario Draghi deverá apontar para o primeiro aumento dos preços na Zona Euro em seis meses registado em Maio. Foi durante este mês que a inflação cresceu 0,3% em termos homólogos.

Este aumento afasta para já a ameaça da deflação que pendia sobre a Zona Euro e será relevante para o BCE avaliar a perspectiva económica na região da moeda única.

Mario Draghi também deverá reforçar que o BCE vai acelerar o ritmo do programa de compra de activos antes do verão. Esta época é tipicamente marcada pela baixa liquidez nos mercados e o BCE vai aumentar as compras para compensar.

Esta aceleração já foi notória durante o mês de Maio, com o BCE a comprar 63 mil milhões de euros de activo, um valor acima dos 60 mil milhões de euros previstos.

Até ao momento, o banco central já comprou 238,99 mil milhões de euros no âmbito do programa de expansão quantitativa. No total, o BCE comprou 3.331 milhões de euros de obrigações portuguesas, um média de 56 milhões diários em dívida nacional.

A situação na Grécia também deverá ser hoje abordada. Alexis Tsipras voa hoje para Bruxelas onde as instituições internacionais vão apresentar uma proposta de acordo para a Grécia. A proposta dos credores acontece dois dias antes do prazo para Atenas pagar 300 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Num momento em que o dinheiro escasseia nos cofres gregos, os bancos gregos helénicos continuam a ser financiados pelo BCE no âmbito do programa de assistência de liquidez (programa ELA).

O banco central alertou recentemente para os riscos de contágio na Zona Euro, se Atenas entrar em incumprimento de pagamentos. Sem acordo com os credores, as taxas de juros da dívida de vários países, incluindo Portugal, podem sofrer um aumento.

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