Notícia
BCE reforça compromisso: apoios são para manter, mesmo com inflação acima de 2%
Na primeira reunião de política monetária depois da revisão de estratégia, o Banco Central Europeu realinhou o forward guidance para tornar mais claro que a inflação pode subir temporariamente acima de 2%, sem que isso implique recuar nos apoios. A taxa diretora mantém-se, como esperado, em 0%.
O Banco Central Europeu (BCE) reforçou esta quinta-feira, 22 de julho, o seu compromisso com uma política fortemente acomodatícia, de apoios ao mercado. Na primeira reunião depois da redefinição estratégica do banco, os governadores realinharam as expectativas, deixando claro que vão permitir uma inflação acima de 2% no curto prazo, sem que isso implique começar a retirar já os apoios. Taxas de juro e programas de compra são para manter.
"O Conselho do BCE espera que as taxas de juro diretoras se mantenham nos seus níveis atuais ou inferiores até que a inflação atinja 2% bem antes do final do seu horizonte de projeção e de forma duradoura para o resto do horizonte de projeção", lê-se no comunicado da instituição liderada por Christine Lagarde. O BCE vai manter as taxas de juro em mínimos também até considerar que "o progresso realizado da inflação subjacente é suficientemente avançado para ser consistente com a estabilização da inflação em 2% no médio prazo", adianta ainda.
E para que fique bem claro, diz: "Isso também pode implicar um período transitório em que a inflação esteja moderadamente acima da meta."
No mesmo sentido, e tendo em conta as projeções de inflação realizadas em junho, o BCE reforçou que quer acelerar as compras de ativos ao longo do atual trimestre, no âmbito do Programa de Emergência Pandémica (PEPP, na sigla inglesa), face ao verificado nos primeiros meses do ano.
Todas as outras medidas de política monetária no terreno foram também reafirmadas, nomeadamente as taxas de juro diretoras, as compras no programa regular de compra de ativos (APP, na sigla inglesa), a política de reinvestimento e as operações de refinanciamento de longo prazo.
O comunicado não esclarece se as decisões foram adotadas de forma unânime, ou se houve fortes divisões de opinião entre os responsáveis dos bancos centrais dos vários países do euro.
Esta foi a primeira reunião de decisão de política monetária desde a revisão da estratégia do BCE, onde o objetivo do banco deixou de ser uma inflação "próxima, mas abaixo, de 2%", para passar para uma meta "simétrica de inflação de 2%". Ou seja, a ideia é deixar claro que o banco considera tão grave a inflação estar acima de 2%, como estar abaixo, o que permite a manutenção dos estímulos de forma "persistente", mesmo que temporariamente e no curto prazo a inflação possa subir um pouco dos 2%.
Christine Lagarde já tinha antecipado que a comunicação do banco seria simplificada, numa tentativa de aproximação aos cidadãos europeus e desvalorizando pequenas nuances no discurso, que até agora eram interpretadas à lupa pelos agentes de mercado. A presidente do BCE desincentivou mesmo que se procurasse dar grande valor ou uma interpretação muito forte a eventuais diferenças na escolha de palavras.
Pelas 13:30, hora de Lisboa, começa a conferência de imprensa onde a presidente do BCE vai explicar os detalhes das decisões agora adotadas pelo banco.
(Notícia atualizada às 13:10 com mais informação)
"O Conselho do BCE espera que as taxas de juro diretoras se mantenham nos seus níveis atuais ou inferiores até que a inflação atinja 2% bem antes do final do seu horizonte de projeção e de forma duradoura para o resto do horizonte de projeção", lê-se no comunicado da instituição liderada por Christine Lagarde. O BCE vai manter as taxas de juro em mínimos também até considerar que "o progresso realizado da inflação subjacente é suficientemente avançado para ser consistente com a estabilização da inflação em 2% no médio prazo", adianta ainda.
No mesmo sentido, e tendo em conta as projeções de inflação realizadas em junho, o BCE reforçou que quer acelerar as compras de ativos ao longo do atual trimestre, no âmbito do Programa de Emergência Pandémica (PEPP, na sigla inglesa), face ao verificado nos primeiros meses do ano.
Todas as outras medidas de política monetária no terreno foram também reafirmadas, nomeadamente as taxas de juro diretoras, as compras no programa regular de compra de ativos (APP, na sigla inglesa), a política de reinvestimento e as operações de refinanciamento de longo prazo.
O comunicado não esclarece se as decisões foram adotadas de forma unânime, ou se houve fortes divisões de opinião entre os responsáveis dos bancos centrais dos vários países do euro.
Esta foi a primeira reunião de decisão de política monetária desde a revisão da estratégia do BCE, onde o objetivo do banco deixou de ser uma inflação "próxima, mas abaixo, de 2%", para passar para uma meta "simétrica de inflação de 2%". Ou seja, a ideia é deixar claro que o banco considera tão grave a inflação estar acima de 2%, como estar abaixo, o que permite a manutenção dos estímulos de forma "persistente", mesmo que temporariamente e no curto prazo a inflação possa subir um pouco dos 2%.
Christine Lagarde já tinha antecipado que a comunicação do banco seria simplificada, numa tentativa de aproximação aos cidadãos europeus e desvalorizando pequenas nuances no discurso, que até agora eram interpretadas à lupa pelos agentes de mercado. A presidente do BCE desincentivou mesmo que se procurasse dar grande valor ou uma interpretação muito forte a eventuais diferenças na escolha de palavras.
Pelas 13:30, hora de Lisboa, começa a conferência de imprensa onde a presidente do BCE vai explicar os detalhes das decisões agora adotadas pelo banco.
(Notícia atualizada às 13:10 com mais informação)