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BCE pode anunciar decisão sobre o programa de compra de activos em Junho
O programa de compra de activos do BCE vai durar, pelo menos, até Setembro deste ano. E os economistas consultados pela Bloomberg acreditam cada vez mais que a instituição vai anunciar em Junho uma data definitiva para o fim deste programa.
O Banco Central Europeu (BCE) pode anunciar no final deste semestre quando é que vai colocar um ponto final no programa de compra de activos, que tem em curso. É pelo menos essa a crença crescente entre os economistas.
Na próxima semana os governadores do banco central vão estar reunidos. Mas a maioria dos economistas consultados pela agência Bloomberg não espera que Mario Draghi dê resposta à questão que cada vez mais paira nos mercados: quando é que o Banco Central Europeu vai colocar um ponto final definitivo no programa de compra de activos?
Contudo, no encontro de Junho o cenário deverá ser diferente, antecipam cerca de metade dos economistas consultados pela agência. E este número tem vindo a crescer. No último inquérito da agência de informação, realizado em Dezembro, apenas 38% dos economistas referia Junho como uma data possível para o anúncio do fim do programa de compra de activos.
Em Outubro do ano passado, a autoridade monetária liderada por Mario Draghi determinou que, apesar de manter estas compras de activos da área do euro, iria reduzir o montante mensal que estaria disponível para gastar. Assim, desde 1 de Janeiro e, pelo menos até Setembro, o Banco Central Europeu pode adquirir até 30 mil milhões de euros de activos por mês.
No encontro do BCE de Dezembro, de acordo com os relatos divulgados já em Janeiro, os responsáveis da autoridade monetária mostraram abertura para ao longo deste ano ajustar a sua comunicação com o mercado para sinalizar uma retirada dos estímulos monetários de forma mais célere do que o previsto actualmente. Nos relatos da reunião de Dezembro do BCE, o conselho do banco central (comissão executiva e governadores) diz que entre os responsáveis do banco central é "amplamente partilhada" a ideia de que a comunicação terá de evoluir ao longo do ano em linha as perspectivas para o crescimento e a inflação.
Em relação à subida dos juros, os economistas consultados pela Bloomberg consideram que a taxa de depósitos vai subir para -0,25% no segundo trimestre do próximo ano. A principal taxa de refinanciamento subirá nos meses seguintes.
Na quarta-feira, Jens Weidmann, presidente do Bundesbank e apontado como um dos potenciais sucessores de Mario Draghi à frente do Banco Central Europeu, disse que as expectativas dos analistas que apontam para o início do ciclo de subida de juros na Zona Euro em meados do próximo ano são "realistas".