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BCE mantém juros e confirma fim das compras líquidas

O BCE confirmou as indicações de política monetária que tem vindo a dar desde Junho. Os juros ficam inalterados e o programa de compra líquida de activos deverá terminar no final deste ano.

reuters
25 de Outubro de 2018 às 12:51
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O Banco Central Europeu (BCE) manteve esta quinta-feira inalteradas as taxas de juro, e confirmou a intenção já anunciada de terminar as compras líquidas de activos em Dezembro deste ano. Em Janeiro, o programa passará assim para uma fase de reinvestimento.

"O Conselho do BCE continuará a efectuar aquisições líquidas ao abrigo do programa de compra de activos (asset purchase programme – APP) ao novo ritmo mensal de 15 mil milhões de euros até ao final de Dezembro de 2018 e prevê que, sob reserva de os dados entretanto disponibilizados confirmarem as perspectivas relativamente à inflação no médio prazo, as aquisições líquidas cessem nessa data", lê-se no comunicado publicado esta quinta-feira, depois da reunião de política monetária.

Ou seja, no comunicado, o BCE avança na linha do previsto, mas mantém a ressalva que lhe permitirá adiar o fim das compras líquidas, caso considere que o enquadramento macroeconómico e a evolução das perspectivas de inflação assim o justificam. O BCE ainda tem mais uma reunião de definição de política monetária antes de terminar o ano, mas está agendada para 13 de Dezembro, o que daria já pouco tempo para antecipar aos mercados uma alteração das decisões sobre o programa de estímulos.




Quanto aos juros, a taxa aplicável às operações principais de refinanciamento mantém-se em zero, a da facilidade permanente de cedência de liquidez em 0,25% e a de depósito nos -0,40%. Também a indicação sobre o horizonte possível de uma primeira subida dos juros se manteve exactamente a mesmo: "O Conselho do BCE espera que as taxas de juro directoras do BCE se mantenham nos níveis atuais, pelo menos, até durante o verão de 2019."

A ressalva de que os juros se poderão manter inalterados também para além deste período repete-se, frisando-se que as taxas podem não mexer "em qualquer caso, enquanto for necessário para assegurar a continuação da convergência sustentada da inflação no sentido de níveis abaixo, mas próximo, de 2% no médio prazo."

Mario Draghi vai explicar as decisões tomadas numa conferência de imprensa agendada para as 13:30 de hoje, hora de Lisboa.

(Notícia actualizada com mais informação às 13:05)

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