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BCE garante que está preparado para voltar a intervir

O Banco Central Europeu diz que se mantém "preparado" para ajustar todas as suas medidas, "adequadamente".

Lagarde disse-o de todas as maneiras      possíveis: esta não é a hora de os bancos centrais, mas sim dos governos, avançarem com estímulos orçamentais.
Kai Pfaffenbach/Reuters
18 de Março de 2020 às 13:10
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O Banco Central Europeu (BCE) emitiu um raro comunicado no qual contraria as afirmações de um dos membros do conselho, que havia afirmado que o banco não dispunha de mais meios para contrariar o impacto económico do coronavírus.

"O Conselho de Governadores foi unânime na avaliação de que, a somar às medidas que foram decididas no dia 12 de março de 2020, o BCE vai continuar a monitorizar de perto as consequências para a economia do alastrar do coronavírus", e neste cenário, é também unânime que "o BCE se mantém preparado para ajustar todas as suas medidas, adequadamente, caso seja necessário", escreve a instituição, no comunicado distribuído esta quarta-feira, 18 de março.

Entre os motivos que poderão levar o banco central a tomar novas medidas está a necessidade de "assegurar as condições de liquidez no sistema bancário" e de garantir "uma aplicação tranquila da sua política monetária em todas as jurisdições", acrescenta a mesma comunicação.

O comunicado refere-se a declarações do governador do banco central da Áustria, Robert Holzmann, desta quarta-feira, em que sugere que os investidores estão corretos em assumir que o BCE atingiu os limites da sua capacidade de estimular a economia. Holzmann é visto como um dos membros mais hawkish entre os 25 membros do conselho de governadores do BCE, que define as taxas de juro para a Zona Euro.

Paralelamente, o vice-presidente do BCE Luis de Guindos afirmou, em declarações a uma rádio espanhola que o impacto do coronavírus nas economias será temporário mas pode prolongar-se por semanas ou meses, e reforçou a mensagem de que o banco central está pronto a reagir se necessário. Afirmou ainda que a instituição dispõe de armas eficazes e que não se restringe à política monetária.

De Guindos apelou ainda a uma ação coordenada entre os governos da União Europeia de forma a mitigar o impacto do vírus.

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