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BCE: Forte momento cíclico pode provocar novas surpresas económicas positivas

O Banco Central Europeu (BCE) considera que o forte momento cíclico da economia da Zona Euro pode provocar novas surpresas positivas nos indicadores de crescimento a curto prazo, segundo indica no boletim económico da entidade publicado hoje

Bloomberg
08 de Fevereiro de 2018 às 12:45
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O boletim sublinha que a última informação disponível confirma um "forte ritmo de expansão económica" na Zona Euro, "que acelerou mais do que o esperado na segunda metade de 2017".

 

A entidade também indica que o robusto crescimento, a actual redução da inactividade económica e o incremento na utilização das capacidades "continuam a reforçar a confiança" do conselho de governadores do BCE no sentido de que a inflação vai convergir para o objectivo, ligeiramente abaixo de 2%.

 

O boletim afirma que "o forte momento cíclico actual pode levar a mais surpresas positivas de crescimento a curto prazo" e sublinha que os riscos "estão amplamente equilibrados" e continuam a estar relacionados principalmente com factores globais, incluindo a evolução dos mercados de câmbios.

 

Reitera que a apreciação do euro face ao dólar e a recente volatilidade na taxa de câmbio representa "uma fonte de incerteza" que precisa de ser monitorizada com as possíveis implicações sobre a estabilidade dos preços a médio prazo. 

 

O BCE sublinha que a análise económica baseada nos últimos dados e inquéritos reflecte uma continuação do "forte e generalizado 'momentum'" de crescimento na mudança do ano.

 

O consumo privado está apoiado pelo crescimento do emprego, que por outro lado está a beneficiar das recentes reformas do mercado laboral, bem como de um aumento de bem-estar das famílias.

 

O investimento continua a reforçar-se graças às condições financeiras muito favoráveis, aumentando os lucros das empresas e uma procura sólida, adianta.

 

A generalizada expansão económica está a impulsionar as exportações da Zona Euro, refere o BCE.

 

O boletim considera que a inflação homóloga - que em Dezembro foi de 1,4% e em Novembro de 1,5% - "deverá situar-se provavelmente naqueles níveis nos próximos meses" se os preços do petróleo se mantiverem nos atuais níveis.

 

A inflação subjacente - que exclui os preços dos alimentos frescos e da energia - "permanece moderada e deve ainda mostrar sinais convincentes de uma tendência para a alta sustentada".

 

O BCE prevê que as duas inflações cresçam gradualmente a médio prazo apoiadas pelas medidas de política monetária adoptadas e pelo crescimento dos salários.

 

A recuperação do crescimento do crédito ao sector privado continua, sustentada pelo acréscimo da procura e a suavização das regras da concessão de crédito, especialmente para as famílias.

 

O BCE também defende que os custos do crédito para as empresas não financeiras da Zona Euro continuam a ser favoráveis com as taxas de juro dos seus empréstimos bancários perto do nível mínimo histórico.

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