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BCE está pronto para usar os instrumentos necessários para fazer subir a inflação

Olli Rehn, atual governador do banco central finlandês, assegurou à Bloomberg que o BCE está preparado para utilizar os instrumentos necessários a impulsionar a taxa de inflação no espaço da moeda única, atualmente em -0,3% e, assim, distante do objetivo de médio prazo fixado abaixo mas próximo dos 2%.

Bloomberg
28 de Janeiro de 2021 às 11:24
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O Banco Central Europeu está atento à evolução da conjuntura económica e pronto a utilizar os instrumentos ao seu dispor para promover a subida da taxa de inflação na Zona Euro. A garantia foi dada esta quinta-feira por Olli Rehn, o atual governador do banco central da Finlândia.

Em entrevista à Bloomberg, o antigo comissário europeu assegurou que ele e os restantes governadores com assento no BCE estão "certamente prontos para usar e ajustar todos os instrumentos apropriados" para estimular os preços. "Estamos a monitorar de perto os desenvolvimento na taxa de câmbio, em especial no que concerne à perspetiva sobre a inflação", disse.

O responsável finlandês notou que vários dos seus colegas, entre os quais o homólogo holandês, Klaas Knot, admitiram nos últimos dias a possibilidade de Frankfurt decretar corte adicional à taxa de juro diretora para a moeda única.

Perante o agravamento da pandemia e o consequente aprofundar dos efeitos recessivos da crise pandémica, em dezembro, o BCE reforçou o pacote de estímulos adotado em resposta à covid-19. No entanto, as dificuldades que se verificam ao nível da vacinação, associadas ao regresso de confinamentos generalizados por toda a Europa, têm contribuído para avolumar a incerteza.

A inflação na Zona Euro situa-se atualmente em -0,3%, muito abaixo da meta de médio-prazo definida num valor em torno dos 2%. A valorização acumulada pelo euro ao longo do último ano tem contribuído para reduzir os preços das importações, logo os preços no consumidor.

"Não vou fazer especulação sobre um ou outro instrumento da nossa política monetária. Direi apenas que estamos mesmo preparados para usar e ajustar todos os nossos instrumentos da forma apropriada", acrescentou ena entrevista ao canal de televisão da agência noticiosa.

Sobre estas declarações, o banco alemão Commerzbank, numa nota também citada pela Bloomberg, considera que a posição do BCE representa uma declaração de "guerra cambial".

"O timming da comunicação desta campanha do BCE sugere que que não quer abrandar o ritmo da apreciação do euro, mas que certamente quer forçar certos nível da taxa de câmbio", sustenta Ulrich Leuchtmann, estratega do banco germânico para o mercado cambial.
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