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BCE corta previsão de PIB da zona euro e vê inflação média nos 5,1% este ano

Os economistas do Banco Central Europeu cortaram a projeção de crescimento da zona euro para 3,7% este ano e admitem que a inflação média ficará em 5,1%, por causa da invasão russa da Ucrânia. Os preços já subiram, mas vão subir ainda mais, assumiu Lagarde.

Christine Lagarde tem em mãos a missão de manter os mercados calmos e ao mesmo tempo de começar a preparar terreno para retirar apoios.
Guillaume Horcajuelo/EPA
10 de Março de 2022 às 13:48
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Os economistas do Banco Central Europeu (BCE) cortaram esta quinta-feira as projeções de crescimento para a zona euro, por causa da invasão russa da Ucrânia. Em conferência de imprensa, Christine Lagarde, presidente do BCE, adiantou que o PIB deverá crescer 3,7%, em vez dos 4,2% anteriormente esperados. Já a inflação média chegará este ano aos 5,1%.

A presidente do BCE assumiu que a guerra vai ter um impacto na economia da zona euro, sobretudo através de uma subida de preços e da disrupção nas relações comerciais. Ainda assim, não deverá interromper o crescimento, abrandando apenas o ritmo, porque está a beneficiar do impulso de um impacto cada vez menor da pandemia na sua atividade.

Depois de um crescimento de 3,7% este ano, o staff do BCE espera um crescimento de 2,8% em 2023 e de 1,6% em 2024.

Já no que diz respeito à evolução dos preços, Lagarde reconheceu que tem "continuado a surpreender em alta" e admitiu mesmo o risco de poder vir a subir ainda mais, travando a atividade económica. Para este ano, o staff do BCE antecipa uma inflação média de 5,1%, baixando depois para 2,1% em 2023 e 1,9% em 2024. Excluindo os agregados dos alimentos e da energia, a taxa de inflação média em 2022 ficará ainda assim em 2,6%, acima do objetivo do BCE, mas deverá ceder para 1,8% já em 2023, passando depois para 1,9% em 2024.

Quanto às expectativas de longo prazo, Lagarde indicou que parecem cada vez mais estar "ancoradas" no objetivo do BCE, é uma inflação de 2%.

Christine Lagarde revelou que durante a reunião houve "vários pontos de vista" sobre a avaliação das atuais condições económicas, mas garantiu que depois do debate, a decisão de prosseguir com a redução dos estímulos monetários foi "consensual".

Esta quinta-feira, o BCE anunciou uma progressiva redução do programa regular de compra de ativos ao longo do segundo trimestre do ano, confirmou o fim do programa de emergência pandémica, e deixou a porta aberta para uma subida de juros no final do ano. "As decisões respondem ao nosso mandato, que é a estabilidade de preços", reforçou Christine Lagarde.
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