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Banco do Japão não descarta novas medidas de estímulo

O líder da autoridade monetária nipónica diz que são precisas medidas "poderosas" de estímulo para contrariar a deflação no país. E põe de parte um cenário de redução dos incentivos à economia na próxima reunião do banco.

Haruhiko Kuroda, governador do Banco do Japão, à chegada a Jackson Hole.
05 de Setembro de 2016 às 07:55
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Haruhiko Kuroda, o governador da autoridade monetária japonesa, assume que apesar das medidas em campo, ainda há espaço para mais e novos instrumentos de estímulo à economia.

"Há um espaço amplo para mais estímulos monetários nas três dimensões – quantidade, qualidade e ao nível da taxa de juro – e outras ideias novas não devem ser postas de parte," referem apontamentos preparados por Kuroda (na foto) e citados pela Bloomberg para um discurso nesta segunda-feira, 5 de Setembro, em Tóquio.

Sem especificar de que medidas se trata, o presidente da autoridade monetária disse no entanto que na próxima reunião do banco, nos próximos dias 20 e 21, está posto de parte um cenário de redução dos estímulos, "como tem sido pedido por alguns agentes do mercado."

O mercado especula que entre as novas medidas possa estar a compra de obrigações de autoridades locais e empresas públicas para financiar projectos como caminhos-de-ferro, centrais energéticas ou tratamento de águas.

"No Japão, onde a deflação tem sido persistente por um longo período, são necessárias medidas poderosas de estímulo entre as economias avançadas," disse o líder do banco central.

As declarações de Kuroda chegam depois de um fim-de-semana marcado pelo encontro do G20 na China, onde esteve em evidência o papel dos bancos mundiais para enfrentar o crescimento lento das economias. No encontro de Hangzhou, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou – citado à Reuters por um porta-voz oficial - que os riscos de queda da economia estão a aumentar.

"Claro que é possível ao Banco do Japão introduzir uma quarta medida porque Kuroda continua a dizer que não há limites para a política monetária. (…) [Mas] os mercados acham que ele está a alcançar o seu limite, " afirmou Takeshi Minami, do Norinchukin Research Institute, à Bloomberg. 

No final de Julho, o Banco do Japão aumentou as suas compras de fundos negociados em bolsa e duplicou o tamanho do seu programa de empréstimos em dólares. Por outro lado, absteve-se de aumentar o ritmo de compra de obrigações do Tesouro.

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