Notícia
Ajustamento da política monetária deve ser "gradual", diz Vítor Constâncio
O antigo responsável do BCE considera que o fim das tensões entre a Rússia e a Ucrânia contribuiria "certamente para uma diminuição significativa dos preços da energia com efeitos sobre a inflação, particularmente na Europa".
07 de Fevereiro de 2022 às 21:17
Vítor Constâncio, ex-vice-presidente do BCE, recomenda cautela no ajustamento da política monetária, acreditando que o fim da tensão na Rússia e na Ucrânia iria contribuir para uma queda nos preços da energia e da inflação.
"Tudo tem de ser gradual e tendo em vista todas as outras condições que [o Banco Central Europeu (BCE) definiu", disse numa intervenção no debate "Is unconventional monetary policy the new conventional?" (Será a política monetária não convencional a nova política monetária convencional?), na 7.ª edição do ciclo de conferências Economia Viva.
O antigo responsável do BCE considera que o fim das tensões entre a Rússia e a Ucrânia contribuiria "certamente para uma diminuição significativa dos preços da energia com efeitos sobre a inflação, particularmente na Europa".
Apesar de salientar que existe "muita incerteza, particularmente em torno dessas questões geopolíticas", defende que em tais situações é preciso cautela.
Ainda que reconhecendo que a subida da inflação é sempre "uma preocupação", Vítor Constâncio, sublinhou que a subida se deve principalmente aos preços da energia.
"Sem esse grande salto nos preços da energia teríamos uma inflação muito menor", frisou.
Na sequência da reunião do Conselho de Governadores e de uma subida da inflação homóloga 'flash' da zona euro para 5,1% em janeiro, o BCE admitiu na passada quinta-feira endurecer a política monetária este ano com subidas das taxas de juro.
"Tudo tem de ser gradual e tendo em vista todas as outras condições que [o Banco Central Europeu (BCE) definiu", disse numa intervenção no debate "Is unconventional monetary policy the new conventional?" (Será a política monetária não convencional a nova política monetária convencional?), na 7.ª edição do ciclo de conferências Economia Viva.
Apesar de salientar que existe "muita incerteza, particularmente em torno dessas questões geopolíticas", defende que em tais situações é preciso cautela.
Ainda que reconhecendo que a subida da inflação é sempre "uma preocupação", Vítor Constâncio, sublinhou que a subida se deve principalmente aos preços da energia.
"Sem esse grande salto nos preços da energia teríamos uma inflação muito menor", frisou.
Na sequência da reunião do Conselho de Governadores e de uma subida da inflação homóloga 'flash' da zona euro para 5,1% em janeiro, o BCE admitiu na passada quinta-feira endurecer a política monetária este ano com subidas das taxas de juro.