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União Europeia reitera que Presidente sírio deve deixar o poder

A União Europeia (UE) reiterou hoje que o presidente da Síria deve deixar o poder, em reacção ao discurso à nação que Bashar al-Assad proferiu esta manhã, em Damasco.

06 de Janeiro de 2013 às 16:41
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A diplomacia da UE insiste que, para que um acordo político seja possível e acabe com a guerra civil que dura há quase dois anos na Síria, Bashar al-Assad tem de deixar o poder.

 

"Vamos analisar atentamente se existe algo de novo no discurso [do presidente sírio], mas mantemos a nossa posição, de que Al-Assad (na foto) tem de se afastar e permitir uma transição política", disse um porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, numas breves declarações em Bruxelas.

 

O presidente sírio, que governa desde 2000, dirigiu-se hoje à nação, na Casa da Cultura e das Artes, em Damasco, repleta de apoiantes que se levantaram frequentemente, batendo palmas e de punhos erguidos, mas não deu sinais de tencionar abdicar do poder.

 

Bashar al-Assad apresentou uma "solução política", mas condicionou-a ao fim da "conspiração internacional" orquestrada por países ocidentais e árabes que financiam os "terroristas" que contestam o seu regime.

 

De acordo com o plano apresentado, os passos para resolver o conflito na Síria são, por esta ordem: fim do financiamento e armamento externo aos "grupos terroristas" sírios; fim das operações militares do exército sírio, sem abdicar do direito de defender os interesses do país; contactos entre o governo e "partidos políticos e indivíduos sírios" para realizar uma conferência de diálogo nacional; uma carta nacional, a sair da conferência nacional e posteriormente submetida a referendo, que abrirá caminho a eleições legislativas e a um novo governo.

 

Enquanto do outro lado estiverem "terroristas" que respondem a "interesses estrangeiros", só resta a resposta militar, sublinhou o líder sírio.

 

A UE apelou à retirada de Bashar al-Assad em meados de Agosto de 2011, meio ano após a revolta popular brutalmente reprimida pelo regime sírio, desencadeando uma sangrenta guerra civil, já com um balanço de mais de 60 mil mortos.

 

Nessa altura, Catherine Ashton justificou a decisão comunitária com base na "total perda de legitimidade de Bashar al-Assad aos olhos do povo sírio".

 

Desde então, a UE impôs 19 séries de sanções contra o regime sírio, sobretudo económicas e financeiras, e um embargo às armas.

 

Um total de 54 empresas e 181 pessoas, incluindo membros do círculo mais próximo de Al-Assad, constam na lista negra da UE, que impõe o congelamento de contas e a proibição de entrada no espaço comunitário.

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