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UE e Reino Unido devem chegar a acordo para passaportes de vacinação
O Certificado Digital para a covid-19 deve passar a ser reconhecido à entrada no Reino Unido, tal como um certificado idêntico daquele país deve passar a ser reconhecido pelos Estados-membros da UE. Mas, ao que tudo indica, só para quem já tenha a vacinação completa.
As medidas restritivas a viajantes que entrem em países europeus têm vindo a apertar, sobretudo perante os turistas britânicos, mas um acordo entre Londres e Bruxelas em relação ao Certificado Digital para a covid deverá devolver a esperança aos turistas ingleses.
Segundo o The Guardian, Bruxelas e Londres estão em conversações para o reconhecimento mútuo do Certificado Digital Covid-19 no Reino Unido e de uma aplicação inglesa com o mesmo efeito nos países da União Europeia, permitindo assim aos cidadãos vacinados viajarem livremente entre os Estados-membros e o ex-membro da União Europeia. A medida aplica-se, contudo, apenas aos cidadãos britânicos que tenham já a vacinação completa.
A medida deve ser relativamente fácil de implementar, uma vez que os sistemas subjacentes a ambos os mecanismos são bastante semelhantes, de acordo com o que terá dito um representante do governo britânico ao jornal inglês.
Portugal e outros países, como Espanha e a Alemanha, impuseram uma quarentena obrigatória de 14 dias a estes turistas, em parte face à proliferação da variante Delta no país, que se mostra resistente a apenas uma dose de vacina (no caso em que são duas doses - já que a vacina da J&J é de dose única).
Apesar do acordo iminente, a Alemanha continua a aconselhar os países mais dependentes do turismo a manterem a quarentena obrigatória em relação aos turistas ingleses. Na semana passada, Angela Merkel declarou que o continente "não está a ser bem sucedido" no controlo de variantes provenientes de países exteriores.
O governo britânico está agora preocupado com a desigualdade emergente entre os vacinados com apenas uma ou duas doses, mas esse fosso parece inevitável.
Segundo o The Guardian, um grupo de trabalho de diplomatas da União Europeia e de representantes do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) acredita que em agosto a variante Delta seja responsável por 90% dos casos na Europa.