Notícia
UE e EUA anunciam trégua para tentarem acabar com a disputa comercial de Trump
Bruxelas e Washington chegaram a acordo para formalizar uma trégua na disputa comercial entre os dois blocos de modo a evitar nova escalada nas tarifas comunitárias.
A disputa comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos, em curso desde 2018, durante o mandato da anterior administração americana, liderada por Donald Trump, vai ficar em suspenso na sequência da trégua acordada entre os dois lados do Atlântico.
Em comunicado conjunto, Bruxelas e Washington anunciaram esta manhã terem obtido um acordo que permite à UE suspender o agravamento previsto para o próximo mês das tarifas aduaneiras sobre um vasto número de bens importados dos Estados Unidos, como é exemplo o whiskey ou as motas da Harley Davidson. Previa-se que a UE agravasse para 50% as taxas reforçadas sobre as importações americanas já a partir de 1 de junho.
Ou seja, a trégua fechada permite prevenir uma nova escalada na disputa comercial entre os dois blocos e que foi desencadeada quando, em junho de 2018, Washington impôs um agravamento para 25% das taxas alfandegárias sobre o aço europeu e de 10% sobre o alumínio importado da Europa.
Segundo o comunicado emitido em conjunto por Dombrovskis e ainda por Gina M. Raimondo, secretária do Comércio norte-americano, e por Katherine Tai, representante dos EUA para o Comércio, os dois lados vão iniciar conversações "para responder ao nível global excedentário de aço e alumínio".
São ainda objetivos "assegurar a viabilidade no longo prazo às indústrias (europeia e americana) de aço e alumínio e reforçar a aliança democrática [entre os dois blocos]", bem como pôr termo ao diferendo em curso no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A nota bilateral publicada no site da Comissão Europeia dá ainda conta de que a UE e os Estados Unidos vão juntar forçar no esforço de contenção da China, o que confirma o relançamento da aliança transatlântica prometida por Joe Biden e sinalizada pelo novo presidente americano durante a participação recente no último encontro do Conselho Europeu.
"Sendo os EUA e os Estados-membros da UE aliados e parceiros, partilhando interesses de segurança nacional similares enquanto economias democráticas e de mercado, podem aliar-se na promoção de padrões elevados e na resposta a preocupações partilhadas e conter países como a China que apoiam políticas que distorcem o mercado", pode ainda ler-se no comunicado.
De acordo com a Bloomberg, que cita um esboço do acordo que esteve a ser negociado, os dois lados têm negociado nas últimas semanas com o objetivo primeiro de evitar que o bloco europeu agrave as tarifas já em junho, possibilitando assim que as duas partes retomem negociações com vista ao levantamento das taxas alfandegárias reforçadas mutuamente aplicadas.
Trata-se de uma mudança de postura da parte europeia visto que, até aqui, a UE pugnava pela suspensão mútua das tarifas agravadas no seguimento da espiral protecionista iniciada por Donald Trump.
Este gesto vai ao encontro da reaproximação encetada pela administração liderada por Joe Biden.
Está nesta altura em cima da mesa a realização de uma cimeira com os EUA já em junho, adianta ainda a Bloomberg, ocasião que, correndo bem a negociação bilateral em curso, poderia representar o momento para um levantamento das tarifas mutuamente aplicadas.
Em comunicado conjunto, Bruxelas e Washington anunciaram esta manhã terem obtido um acordo que permite à UE suspender o agravamento previsto para o próximo mês das tarifas aduaneiras sobre um vasto número de bens importados dos Estados Unidos, como é exemplo o whiskey ou as motas da Harley Davidson. Previa-se que a UE agravasse para 50% as taxas reforçadas sobre as importações americanas já a partir de 1 de junho.
Além do acordo para a suspensão do agravamento das tarifas de modo a evitar nova espiral protecionista, as partes decidiram também encetar conversações com vista ao objetivo mais geral de findar em definitivo a disputa promovida por Donald Trump. Segundo referiu o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, a ideia passa por resolver o diferendo até ao final do corrente ano.My thanks to @SecRaimondo and @AmbassadorTai for their engagement and cooperation.
— Valdis Dombrovskis (@VDombrovskis) May 17, 2021
We look forward to working with you to resolve these issues before the end of the year.
Segundo o comunicado emitido em conjunto por Dombrovskis e ainda por Gina M. Raimondo, secretária do Comércio norte-americano, e por Katherine Tai, representante dos EUA para o Comércio, os dois lados vão iniciar conversações "para responder ao nível global excedentário de aço e alumínio".
São ainda objetivos "assegurar a viabilidade no longo prazo às indústrias (europeia e americana) de aço e alumínio e reforçar a aliança democrática [entre os dois blocos]", bem como pôr termo ao diferendo em curso no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A nota bilateral publicada no site da Comissão Europeia dá ainda conta de que a UE e os Estados Unidos vão juntar forçar no esforço de contenção da China, o que confirma o relançamento da aliança transatlântica prometida por Joe Biden e sinalizada pelo novo presidente americano durante a participação recente no último encontro do Conselho Europeu.
"Sendo os EUA e os Estados-membros da UE aliados e parceiros, partilhando interesses de segurança nacional similares enquanto economias democráticas e de mercado, podem aliar-se na promoção de padrões elevados e na resposta a preocupações partilhadas e conter países como a China que apoiam políticas que distorcem o mercado", pode ainda ler-se no comunicado.
De acordo com a Bloomberg, que cita um esboço do acordo que esteve a ser negociado, os dois lados têm negociado nas últimas semanas com o objetivo primeiro de evitar que o bloco europeu agrave as tarifas já em junho, possibilitando assim que as duas partes retomem negociações com vista ao levantamento das taxas alfandegárias reforçadas mutuamente aplicadas.
Trata-se de uma mudança de postura da parte europeia visto que, até aqui, a UE pugnava pela suspensão mútua das tarifas agravadas no seguimento da espiral protecionista iniciada por Donald Trump.
Este gesto vai ao encontro da reaproximação encetada pela administração liderada por Joe Biden.
Está nesta altura em cima da mesa a realização de uma cimeira com os EUA já em junho, adianta ainda a Bloomberg, ocasião que, correndo bem a negociação bilateral em curso, poderia representar o momento para um levantamento das tarifas mutuamente aplicadas.