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Trump reage a ataque: "O Irão parece estar a recuar"

O presidente norte-americano considera que o Irão está a dar sinais de recuo. No entanto, Trump anunciou "sanções poderosas" contra a economia iraniana.

Reuters
08 de Janeiro de 2020 às 16:42
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O presidente dos Estados Unidos reagiu esta quarta-feira, 8 de janeiro, aos ataques de mísseis do Irão a bases norte-americanas em território iraquiano. Donald Trump disse que o Irão "parece estar a recuar", assinalando que o país "nunca terá uma arma nuclear". 

O presidente norte-americano anunciou que os EUA irão introduzir mais "sanções poderosas" contra o Irão, sem dar pormenores sobre a natureza dessas sanções. Neste momento, a economia iraniana já é alvo de sanções económicas por parte dos Estados Unidos. 

Além disso, adiantou que hoje irá pedir à NATO para se envolver mais neste assunto, pedindo a países como o Reino Unido, a China, França e a Alemanha para "entenderem a realidade" como Trump a descreve. Tal passa por rasgarem o acordo nuclear de 2015, que os EUA já abandonaram, e começarem a trabalhar num novo acordo. Anteriormente, na campanha presidencial em 2016, Trump chegou a acusar a NATO de ser "obsoleta", além de criticar os aliados por não contribuírem com o montante devido para o orçamento da coligação. 

Até agora Donald Trump tinha reagido apenas através das redes sociais. Num tweet, o presidente norte-americano escreveu que "está tudo bem" e que estão a ser analisadas as baixas e danos materiais decorrentes dos ataques a duas bases norte-americanas no Iraque.
"Até agora, tudo bem! Temos os militares mais poderosos e mais bem equipados do mundo, e de longe", referiu. Na declaração de hoje, Trump confirmou que os ataques a duas bases áreas norte-americanas não causaram vítimas, argumentando que tal se deveu às precauções tomadas pela defesa norte-americana. 

Existe a convicção de que tal foi deliberado do lado iraniano. Esse pormenor poderá ser essencial para perceber a posição dos EUA que, para já, não anunciaram uma retaliação militar contra Teerão.

Donald Trump garantiu que não pretende usar o poder militar dos EUA, afastando o cenário de um conflito violento entre os dois países. O presidente dos EUA justificou a decisão de matar um general de topo do Irão por este ser um "terrorista de topo" que planeou o ataque à embaixada dos EUA em Bagdade (Iraque) no final de 2019. "Deveria ter sido exterminado há muito tempo", disse.

No entanto, a retórica anti-Irão continuou forte. Apesar de dizer que está "pronto para a paz", Trump afirmou que "desde 1979 que tem sido tolerado o comportamento destabilizador do Irão", referindo que "esses dias acabaram". "A paz não pode prosperar no Médio Oriente enquanto o Irão continuar a semear o ódio", argumentou. 

A declaração curta de Donald Trump não teve direito a perguntas por parte dos jornalistas. 

(Notícia atualizada às 16h57 com mais informação)
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