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Time escolhe para personalidade do ano jornalistas que lutaram pela verdade

Os jornalistas que em 2018 expuseram "a manipulação e abuso da verdade" foram os eleitos como personalidade do ano de 2018 pela Time. "Os guardiães" e a sua "guerra pela verdade" são assim a personalidade do ano para a revista norte-americana.

11 de Dezembro de 2018 às 13:47
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Foram várias as personalidades do ano de 2018 para a revista Time que escolheu quatro jornalistas individuais e um grupo de jornalistas, da Capital Gazette que ao longo do ano em curso ajudaram a expor "a manipulação e abuso da verdade" em todo o mundo.

O anúncio e a divulgação das quatro capas da mais famosa edição anual da revista norte-americana foram feitos esta terça-feira, 11 de Dezembro. A publicação caracteriza os distinguidos como "os guardiães", escolhidos pela sua "guerra pela verdade". 

Em causa estão o jornalista e colunista do Washington Post Jamal Khashoggi, assassinado no consulado da Arábia Saudita na Turquia, a jornalista Maria Ressa, CEO do site Rappler que tem sido perseguida judicialmente nas Filipinas, as jornalistas Wa Lone e Kyaw Soe Oo, que estiveram presas no Myanmar durante quase um ano após terem reportado sobre o extermínio da minoria de muçulmanos Rohingya, e ainda a equipa da Capital Gazette, um jornal do Estado de Maryland cuja redacção foi alvo de um tiroteio por parte de um homem armado que matou quatro jornalistas e um comercial da publicação. 

Em declarações ao Today, o editor-chefe da revista Time, Edward Felsenthal, defende que após reflexão sobre as escolhas possível, a publicação considera que ficou "claro" que "a manipulação e abuso da verdade é realmente uma ameaça comum em muitas das principais histórias deste ano, da Rússia a Riyadh, em Sillicon Valley". 


A Time justifica ainda a escolha deste conjunto de jornalistas com o facto daqueles terem "assumido enormes riscos" na busca da verdade e porque simbolizam algo maior que eles próprios: "eles representam uma luta mais ampla travada por inúmeros outros [jornalistas] em todo o mundo", disse o editor-chefe. Edward Felsenthal salienta ainda que até ao passado dia 10 de Dezembro há registo de pelo menos 52 jornalistas assassinados, "que arriscaram tudo para contar a história do nosso tempo"- 

(Notícia actualizada às 14:10)

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