Notícia
Talibãs dizem que Afeganistão não será uma base para terroristas
Talibãs asseguram que não há perigo para o povo afegão e pedem aos cidadãos para não fugirem. Garantem que não serão usados como base de organizações terroristas.
17 de Agosto de 2021 às 18:19
Os talibãs organizaram uma conferência de imprensa, esta terça-feira. É a primeira vez que falam desde que assumiram o controlo do Afeganistão. Durante a conferência de imprensa, afirmaram que não procurarão vingança e apelaram aos afegãos que não fujam do país, assegurando ainda que as mulheres poderão manter alguns dos seus direitos adquiridos nos últimos anos.
O porta-voz do movimento militar começou por aplaudir o facto de o grupo ter conseguido "emancipar o país" ao fim de 20 anos de interferência norte-americana. "Expulsámos os estrangeiros", disse Zabuhullah Mujahid, afirmando que este feito devia ser "um orgulho para todo o país" e que devia ser "celebrado por todos" e que o que se deverá seguir será um momento de "paz". "Perdoámos todos aqueles que lutaram contra nós. As animosidades chegaram ao fim", garantiu, afirmando que não querem nenhum "inimigo interno ou externo".
"Gostaríamos de viver pacificamente e não queremos ter inimigos internos ou externos", assegurou o porta-voz, justificando a invasão da capital com a necessidade de garantir a "segurança dos nossos residentes" devido à "incompetência" do anterior governo afegão. "O nosso plano era parar às portas de Cabul para que o processo de transição pudesse ficar completo sem problemas", explicou o porta-voz, dizendo que foi a incompetência do antigo executivo que os terá forçado a entrarem na capital.
Sobre o papel das mulheres na sociedade, os talibãs asseguram que elas vão ter um papel ativo desde que "dentro dos enquadramentos" definidos pelo futuro governo. "Vamos permitir que as mulheres estudem e trabalhem", asseguraram. "Estamos comprometidos com os direitos das mulheres, no contexto da sharia [a lei islâmica]. As mulheres afegãs são muçulmanas", disse o representante, não referindo o que irá acontecer às mulheres que não desejarem seguir as normas impostas pela sharia, como a necessidade de usar burqa, não sair à rua sem estar acompanhada de um familiar (um mahram). Dezenas de especialistas e associações feministas têm avisado para as possíveis consequências da instauração de um governo ultra-conservador na vida das afegãs.
"As nossas irmãs vão permanecer seguras", assegurou o porta-voz, acrescentando: "Podem trabalhar, podem ter educação e vão estar politicamente envolvidas."
Para demonstrar este compromisso para com as mulheres, um membro da equipa de comunicação dos talibã, Abdulhaq Hemad, aceitou ser entrevistado pela jornalista Beheshta Arghand. "No quadro da lei islâmica e no respeito dos valores tradicionais afegãos, estamos preparados para garantir que as mulheres possam estudar e trabalhar", assegurou o talibã.
"Quero assegurar que todos os meios de comunicação que trabalharem de acordo com a sharia poderão trabalhar", afirmou Zabuhullah Mujahid. No entanto, alertou: "Precisam de saber que o islão no Afeganistão é muito importante", rematando que "se não respeitarem não serão permitidos".
Os talibãs rejeitaram ainda que o Afeganistão possa vir a ser usado para receber células terroristas da Al-Qaeda. "Não vamos permitir que o nosso território seja usado contra nenhum outro país do mundo", assegurou o representante. "O Afeganistão não é mais um campo de batalha. As animosidades terminaram."
O porta-voz do movimento militar começou por aplaudir o facto de o grupo ter conseguido "emancipar o país" ao fim de 20 anos de interferência norte-americana. "Expulsámos os estrangeiros", disse Zabuhullah Mujahid, afirmando que este feito devia ser "um orgulho para todo o país" e que devia ser "celebrado por todos" e que o que se deverá seguir será um momento de "paz". "Perdoámos todos aqueles que lutaram contra nós. As animosidades chegaram ao fim", garantiu, afirmando que não querem nenhum "inimigo interno ou externo".
Sobre o papel das mulheres na sociedade, os talibãs asseguram que elas vão ter um papel ativo desde que "dentro dos enquadramentos" definidos pelo futuro governo. "Vamos permitir que as mulheres estudem e trabalhem", asseguraram. "Estamos comprometidos com os direitos das mulheres, no contexto da sharia [a lei islâmica]. As mulheres afegãs são muçulmanas", disse o representante, não referindo o que irá acontecer às mulheres que não desejarem seguir as normas impostas pela sharia, como a necessidade de usar burqa, não sair à rua sem estar acompanhada de um familiar (um mahram). Dezenas de especialistas e associações feministas têm avisado para as possíveis consequências da instauração de um governo ultra-conservador na vida das afegãs.
"As nossas irmãs vão permanecer seguras", assegurou o porta-voz, acrescentando: "Podem trabalhar, podem ter educação e vão estar politicamente envolvidas."
Para demonstrar este compromisso para com as mulheres, um membro da equipa de comunicação dos talibã, Abdulhaq Hemad, aceitou ser entrevistado pela jornalista Beheshta Arghand. "No quadro da lei islâmica e no respeito dos valores tradicionais afegãos, estamos preparados para garantir que as mulheres possam estudar e trabalhar", assegurou o talibã.
"Quero assegurar que todos os meios de comunicação que trabalharem de acordo com a sharia poderão trabalhar", afirmou Zabuhullah Mujahid. No entanto, alertou: "Precisam de saber que o islão no Afeganistão é muito importante", rematando que "se não respeitarem não serão permitidos".
Os talibãs rejeitaram ainda que o Afeganistão possa vir a ser usado para receber células terroristas da Al-Qaeda. "Não vamos permitir que o nosso território seja usado contra nenhum outro país do mundo", assegurou o representante. "O Afeganistão não é mais um campo de batalha. As animosidades terminaram."