Notícia
Síria: Portugal compreende ataque mas defende necessidade de evitar escalada do conflito
O Governo português disse hoje compreender as razões que levaram à intervenção militar desta madrugada na Síria, realizada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França, defendendo, no entanto, ser necessário evitar uma escalada do conflito.
14 de Abril de 2018 às 11:19
"Portugal compreende as razões e a oportunidade desta intervenção militar", afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado, acrescentando que o objectivo foi "infligir danos à estrutura de produção e distribuição de armas que são estritamente proibidas pelo direito internacional".
De acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério de Augusto Santos Silva, o regime sírio "deve assumir plenamente as suas responsabilidades", já que "é inaceitável o recurso a meios e formas de guerra que a humanidade não pode tolerar".
Lembrando que o ataque desta madrugada visou a capacidade de armamento químico da Síria, o MNE refere que os bombardeamentos foram feitos por "três países amigos e aliados de Portugal, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido".
O entanto, afirma o Ministério, é necessário "evitar qualquer escalada no conflito sírio, que gere ainda mais insegurança, instabilidade e sofrimento na região".
O Governo relembra ainda que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e a União Europeia "têm repetidamente insistido" que "todas as partes devem mostrar abertura para investigações independentes que possam apurar e punir responsabilidades por crimes de guerra".
Além disso, defende que todas as partes envolvidas "devem mostrar contenção no uso da força e empenhamento na procura de uma solução política, negociada e pacífica, para o conflito na Síria, que representa hoje uma muito séria ameaça à paz e segurança no mundo".
Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram hoje uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do Governo de Bashar al-Assad.
A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.
O Presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à "acção monstruosa" realizada pelo regime de Damasco contra a oposição e prometeu que a operação irá durar "o tempo que for necessário".
A Rússia anunciou, entretanto, que vai pedir uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU após os ataques ocidentais contra alvos na Síria.
"A Rússia convoca uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU para discutir as ações agressivas dos Estados Unidos e seus aliados", refere Moscovo em comunicado.
Peritos da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) tinham previsto iniciar hoje uma investigação sobre o alegado ataque com armas químicas. A missão recebeu um convite do Governo sírio, sob pressão da comunidade internacional.
Mais de 40 pessoas morreram e 500 foram afectadas no ataque de 7 de Abril contra a cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, que segundo organizações não-governamentais no terreno foi realizado com armas químicas.
A oposição síria e vários países acusam o regime de Al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que o ataque foi encenado com a ajuda de serviços especiais estrangeiros.
De acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério de Augusto Santos Silva, o regime sírio "deve assumir plenamente as suas responsabilidades", já que "é inaceitável o recurso a meios e formas de guerra que a humanidade não pode tolerar".
O entanto, afirma o Ministério, é necessário "evitar qualquer escalada no conflito sírio, que gere ainda mais insegurança, instabilidade e sofrimento na região".
O Governo relembra ainda que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e a União Europeia "têm repetidamente insistido" que "todas as partes devem mostrar abertura para investigações independentes que possam apurar e punir responsabilidades por crimes de guerra".
Além disso, defende que todas as partes envolvidas "devem mostrar contenção no uso da força e empenhamento na procura de uma solução política, negociada e pacífica, para o conflito na Síria, que representa hoje uma muito séria ameaça à paz e segurança no mundo".
Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram hoje uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do Governo de Bashar al-Assad.
A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.
O Presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à "acção monstruosa" realizada pelo regime de Damasco contra a oposição e prometeu que a operação irá durar "o tempo que for necessário".
A Rússia anunciou, entretanto, que vai pedir uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU após os ataques ocidentais contra alvos na Síria.
"A Rússia convoca uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU para discutir as ações agressivas dos Estados Unidos e seus aliados", refere Moscovo em comunicado.
Peritos da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) tinham previsto iniciar hoje uma investigação sobre o alegado ataque com armas químicas. A missão recebeu um convite do Governo sírio, sob pressão da comunidade internacional.
Mais de 40 pessoas morreram e 500 foram afectadas no ataque de 7 de Abril contra a cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, que segundo organizações não-governamentais no terreno foi realizado com armas químicas.
A oposição síria e vários países acusam o regime de Al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que o ataque foi encenado com a ajuda de serviços especiais estrangeiros.