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Rússia e Irão avisam EUA sobre a Síria: “A partir de agora responderemos com força”
Os aliados de Bashar al Assad consideram que o ataque militar na Síria passou todos os limites e avisam que responderão se houver qualquer outra agressão.
Os aliados do presidente sírio, Bashar al Assad, constituídos por forças russas, iranianas e milícias que apoiam o regime sírio realçaram este domingo, 9 de Abril, que o ataque dos EUA à base aérea síria na última sexta-feira ultrapassa qualquer limite e avisam que haverá resposta se houver outro ataque.
"O que a América fez na agressão à Síria foi um ultrapassar de linhas vermelhas. A partir de agora responderemos com força a qualquer agressor ou a qualquer quebra de limites seja de quem for e a América conhece a nossa capacidade para responder bem." Esta é a declaração, citada pela Reuters, produzida pelo grupo de aliados da Síria, através de um órgão de comunicação, o Ilam al Harbi, cujo nome significa "media de guerra".
Os Estados Unidos lançaram na sexta-feira, 7 de Abril, de madrugada 59 mísseis de cruzeiro contra a base aérea síria de Shayrat, de onde terão partido os aviões envolvidos no ataque com armas químicas que na terça-feira matou pelo menos 86 pessoas em Khan Sheikhun, no noroeste do país.
A reacção d Rússia, um aliado de Bashar al Assad, não se fez esperar. No próprio dia, a Rússia considerou que o ataque em questão violou a lei e destacou os danos significativos que tal acto provoca na relação entre a Rússia e os EUA.
A agência oficial da Síria, noticiou entretanto que o ataque dos EUA terá provocado nove mortes, quatro dos quais crianças.
A troca de acusações não parou desde então, com os EUA a acusarem a Rússia de inacção, o que tem ajudado a que a Síria mantenha armas químicas em sua posse.
Entretanto o presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo iraniano., Hassan Rouhani, tiveram uma conversa telefónica, na qual concluíram que uma acção agressiva dos EUA contra a Síria não é permitido e viola a lei internacional, revelou este domingo o Kremlin, citado pela Reuters. Os dois responsáveis acordaram ainda investigar o recurso, por parte de forças sírias, de armas químicas, assumindo o seu papel de combate ao terrorismo.