Entre 64 países, Portugal distingue-se como o terceiro melhor para receber expatriados a nível mundial e arrecada o título de melhor destino na Europa, de acordo com a avaliação da Internations.

Portugal subiu três posições no ranking Expat Insider 2019, ficando mesmo à frente de Espanha e da República Checa, que também constam dos 10 primeiros lugares.

A justificar a classificação está a qualidade de vida, a qual a Internations considera a melhor a nível mundial. Mais de 4 em cada cinco expatriados estão satisfeitos com a socialização e atividades de lazer por terras lusas e 95% apontam como fator positivo o clima do país.  

Portugal distingue-se também noutro ponto: é o país que fica em primeiro na categoria "sentir-se em casa", com 83% dos inquiridos a acharem fácil estabelecer-se no país.

Mas nem tudo são pontos positivos. Portugal não chega ao pódio no que toca a trabalhar no estrangeiro, e os expatriados revelam-se insatisfeitos com as perspetivas de carreira – valendo apenas o 50.º lugar entre as 64 nações – e com a segurança no emprego, aspeto que lhe dá a 47.ª posição.

Acima de Portugal ficam duas nações asiáticas: Taiwan e Vietname. O primeiro classificado distingue-se como o melhor do mundo no que toca a custos de cuidados de saúde acessíveis, a qualidade dos mesmos, segurança pessoal e população amigável. As perspetivas de carreira são avaliadas positivamente por 65% dos inquiridos, cuja principal dificuldade é a aprendizagem do idioma local. Já o Vietname ganha o galardão de melhor país para trabalhar no estrangeiro e o melhor destino em termos de finanças pessoais, o que, de acordo com a Internations, deverá estar ligado ao baixo custo de vida.

Reino Unido, Itália e Grécia na cauda da UE

Olhando para o extremo oposto do ranking, onde se juntam os países que menos bem recebem os expatriados, a Coreia do Sul é o que mais desilude. A cultura local apresenta-se como uma dificuldade e em termos de trabalho viu uma queda de 11 posições desde 2018, com os expatriados a avaliarem negativamente o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Também na qualidade de vida a queda é abrupta, de 14 posições, sendo que as condições ambientais, como a qualidade do ar, pesam nesta rubrica.

A União Europeia (UE) tem alguns membros no fundo do ranking. Numa altura em que ainda se discute o Brexit, o Reino Unido posiciona-se no 58.º lugar, considerado um dos dez piores países do mundo em termos de estabilidade política, a qual torna o futuro dos expatriados incerto.

A Grécia é classificada ligeiramente melhor, em 57.º, ficando em último lugar a nível global para a categoria de finanças pessoais pelo sexto ano consecutivo. Itália é o Estado-membro que fica pior na tabela, em 63.º, dada a situação económica - que afeta as perspetivas de carreira e abala as finanças pessoais.