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Pimco prevê nova recessão nos EUA entre 3 a 5 anos

Os Estados Unidos vão entrar em recessão entre três a cinco anos. A previsão é da Pimco que, ainda assim, admite que esta será uma contracção "menos profunda" do que a de 2008.

13 de Junho de 2018 às 16:46
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A gestora norte-americana de activos prevê que a economia dos Estados Unidos entre em recessão nos próximos três a cinco anos. Depois de uma década de política monetária expansionista, a Pimco antecipa que uma nova contracção económica aconteça devido à herança da última crise.

O cenário traçado pela gestora de fundos tem como base taxas de juro baixas, balanços pesados no banco centrai e elevados défices orçamentais, o que limitará a capacidade dos EUA de aplicarem medidas que promovam a actividade económica. Isto acontece numa altura em que os dados da produtividade são fracos, os salários crescem pouco e há pouca inflação.

Para a Pimco os investidores têm agora de saber viver num ambiente onde a taxa de juro vai aumentar, mas em que as medidas orçamentais dos Governos não serão capazes de fazer um efeito compensatório. Num relatório de projecções, citado pelo Cinco Días, a Pimco prevê que a Fed acelere os aumentos dos juros face à reforma fiscal de Donald Trump, que poderá sobreaquecer a economia. O lado negativo desta política da actual administração será o aumento da dívida pública norte-americana. 

Outro dos factores negativos que deverá influenciar a economia dos Estados Unidos passa pelos desenvolvimentos da guerra comercial. O último G7 não melhorou a situação, reinando a incerteza relativamente aos próximos passos que possam endurecer o proteccionismo e isolar os Estados Unidos.

Contudo, Geraldine Sundstrom, directora do portefólio da Pimco em Londres, admite que esta nova recessão antecipada pela gestora será "menos profunda" do que a da crise financeira de 2018. Isto porque Sundstrom não vê sinais de excessivo endividamento por parte das empresas e das famílias.

Prudência na Zona Euro

É com prudência que a Pimco olha para os desenvolvimentos na Zona Euro. Por um lado, separa a situação espanhola da italiana, referindo que o novo Governo de Espanha é pró-europeísta.

Por outro lado, dramatiza a situação de Itália: a gestora está céptica em relação ao novo Governo italiano e não descarta a hipótese de eleições antecipadas, o que torna mais arriscados os investimentos na Zona Euro neste momento. 
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