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Pequim investe em força nos semicondutores para combater Trump
O presidente chinês, Xi Jinping, avançou uma estimativa de que o país deverá investir 1,4 biliões de dólares até 2025 em tecnologias que vão desde as redes wireless até à inteligência artificial.
A China quer lançar um novo conjunto de medidas para impulsionar a indústria dos semicondutores, num esforço que é equiparado ao que foi dedicado à criação de capacidade atómica, afirmam fontes próximas à Bloomberg.
Pequim está a preparar largos apoios para a terceira geração de semicondutores, que deverão chegar à indústria nos cinco anos até 2025. Um pacote de medidas para incentivar investigação, educação e para financiar este setor está incluído, ainda em forma de rascunho, no plano a quinze anos para o país. Estes planos deverão ser apresentados aos líderes de topo em outubro.
No próximo mês, os mais altos responsáveis do país vão reunir-se para definir a estratégia para os próximos cinco anos , uma discussão que vai passar também pela questão do consumo doméstico – como incentivá-lo? – e pela produção de tecnologia crítica a nível interno.
O presidente chinês, Xi Jinping, avançou uma estimativa de que o país deverá investir 1,4 biliões de dólares até 2025 em tecnologias que vão desde as redes wireless até à inteligência artificial. Os semicondutores estão na base de quase todas as ambições da China no que toca à tecnologia. Paralelamente, o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaça cortar as exportações.
"A liderança chinesa entende que os semicondutores estão na base de todas as tecnologias avançadas, e que não pode continuar a depender do fornecimento norte-americano", explica um analista da Gavekal Dragonomics, citado pela Bloomberg.
Neste contexto, os produtores de chips na China valorizaram em bolsa. A Fudan Microelectronics Group subiu 4,3% em Hong Kong, e, no continente, a Will Semiconductor disparou quase 10%, ao mesmo tempo que a Xiamen Changelight somou 14%.