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Oito homens concentram fortuna de metade da humanidade

O fosso entre os mais pobres e os mais ricos continua a alargar-se, alerta a Oxfam à porta da reunião de Davos.

16 de Janeiro de 2017 às 07:30
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Há oito homens no mundo que concentram nas suas mãos uma fortuna equivalente à que se concentra na metade mais pobre da população mundial. As contas são da Oxfam, a organização britânica de luta contra a pobreza, que pede ao fórum económico mundial que se reúne em Davos a partir de terça-feira que reduza a transferência de riqueza para os mais abonados do mundo.

Segundo os dados, avançados pela Reuters esta segunda-feira, 16 de Janeiro, a distância entre ricos e pobres alargou-se para níveis nunca vistos, estimando agora que a metade mais pobre do mundo tenha uma riqueza abaixo da que tinha sido inicialmente contabilizada, nomeadamente depois de apurados dados da China e da Índia.

Enquanto em 2010 era preciso combinar a fortuna de 43 das pessoas mais ricas do mundo para equivaler à metade mais pobre do globo, no ano passado bastava juntar nove pessoas para obter a riqueza acumulada pelos 3.600 milhões de habitantes mais pobres.

Os oito milionários referidos pela Oxfam no relatório de 2017 são Bill Gates, o fundador da Microsoft; Amancio Ortega, dono da Inditex/Zara; o investidor Warren Buffett; o empresário mexicano Carlos Slim; Jeff Bezos, dono da Amazon e do Washington Post; o fundador da Facebook, Mark Zuckerberg; Larry Ellison, da tecnológica Oracle; e o antigo mayor de Nova Iorque, Michael Bloomberg. Os números são calculados tendo por base dados do Credit Suisse e da Forbes. 


A Oxfam defende que os benefícios fiscais aos mais ricos devem ser abolidos e o fim dos pagamentos desproporcionalmente elevados das empresas aos accionistas mais ricos. Enquanto os mais pobres registam estagnação no crescimento das suas poupanças, a riqueza dos mais abastados aumentou em média 11% ao ano desde 2009, o segundo ano da grande recessão.

"Se os multimilionários optam por doar o seu dinheiro, então é um bom comportamento. Mas a desigualdade importa e não podemos ter um sistema onde os multimilionários pagam sempre taxas de imposto mais baixas do que as suas secretárias ou funcionários da limpeza," afirma Max Lawson, responsável da Oxfam.

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