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Novo balanço confirma 37 palestinianos mortos por soldados israelitas em Gaza
O mais recente balanço atribuído ao Ministério da Saúde em Gaza refere que pelo menos 37 palestinianos morreram esta segunda-feira na sequência de disparos feitos por soldados israelitas junto à fronteira com Gaza.
Pelo menos 37 palestinianos morreram hoje devido a disparos de soldados israelitas junto à fronteira com Gaza, onde milhares de pessoas se manifestam contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém, segundo um novo balanço.
Este novo balanço, atribuído ao Ministério da Saúde em Gaza e que está a aumentar de hora em hora, dá conta de que pelo menos 448 palestinianos foram atingidos por balas, enquanto outras centenas sofreram outros tipos de ferimentos provocados nomeadamente por gás lacrimogéneo.
O anterior balanço falava de pelo menos 16 mortos confirmados e mais de 500 feridos.
A Faixa de Gaza, enclave palestiniano que é controlado pelo movimento radical palestiniano Hamas desde 2007, está a ser hoje palco de violentos confrontos motivados pela inauguração da embaixada norte-americana em Jerusalém. Os Estados Unidos inauguraram hoje a sua Embaixada em Jerusalém, cidade reconhecida unilateralmente pelo Presidente norte-americano como capital de Israel.
A inauguração coincide com o 70.º aniversário do Estado judaico e surge na véspera do dia em que os palestinianos assinalam o Nakba (desastre, em árabe), que designa o êxodo palestiniano em 1948, quando pelo menos 711.000 árabes palestinianos, segundo dados da ONU, fugiram ou foram expulsos das suas casas, antes e após a fundação do Estado israelita. O dia tem sido marcado por protestos junto à fronteira com Gaza que já fizeram pelo menos 16 mortos e mais de 500 feridos.
O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e a transferência da embaixada instalada até agora em Telavive foram anunciados por Donald Trump a 6 de Dezembro, em consonância com a sua promessa eleitoral, mas em ruptura com décadas de consenso internacional.
O ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, tinha alertado de que o exército israelita iria "usar todos os meios" para travar os palestinianos que tentassem aproximar-se da barreira de segurança na fronteira, dos soldados e dos civis israelitas residentes no território palestiniano.