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Nikki Haley, embaixadora dos Estados Unidos na ONU, pediu demissão

Donald Trump já terá aceite o seu pedido de resignação, segundo a CNBC. Haley vai encontrar-se com o presidente esta terça-feira na Casa Branca.

Reuters
09 de Outubro de 2018 às 16:19
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Nikki Haley, embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), demitiu-se esta terça-feira, avança o The New York Times. A ex-governadora da Carolina do Sul é a última oficial do "círculo de segurança nacional" de Donald Trump a apresentar demissão, segundo a CNBC.

Antes da política, também o Secretário de Estado Rex Tillerson e dois conselheiros nacionais, Michael Flynn e H.R. McMaster, despediram-se após exercerem funções por um curto período.

Ainda não são conhecidos os motivos que levaram à resignação de Haley, mas sabe-se que a notícia apanhou desprevenidos os principais políticos da Casa Branca e da política externa do país, diz o site Axios.

Sarah Sanders escreveu um tweet a confirmar que o presidente dos EUA marcou uma conferência de imprensa para as 10h30 (hora local. Serão 15h30 em Portugal continental).


Nikki Haley, republicana de 46 anos, trabalha para a administração de Trump desde 2017. Tem sido desde cedo e frequentemente uma voz crítica de Trump. Antes de começar a sua função na Casa Branca, a embaixadora, filha de imigrantes da Índia, ganhou a atenção mundial ao criticar a bandeira da Confederação depois do massacre de 2015 numa igreja evangélica em Charleston, que provocou nove mortos e um ferido numa comunidade de afro-descendentes.

Durante a campanha presidencial de Trump, Haley criticou as suas posições e alertou o que poderia significar para a diplomacia norte-americana eleger um político como ele, sugerindo ainda que o seu comportamento poderia causar uma terceira guerra mundial.

Sobre as várias mulheres que acusaram Donald Trump de comportamento sexual inapropriado, Nikki Haley referiu que elas "deveriam ser ouvidas".



Por outro lado, a agora ex-embaixadora escreveu um texto a negar ser a autora do editorial anónimo do The New York Times, no qual é revelado que muitos funcionários da Casa Branca têm de intervir "para frustrar partes da sua agenda [de Trump] e as suas piores inclinações", fazendo parte de uma "resistência silenciosa".

Haley frisou na altura que não concorda com tudo o que Donad Trump decide e que quando tal acontece, "há uma forma correcta e incorrecta de lidar com isso. Eu pego no telefone e ligo-lhe ou encontro-me com ele pessoalmente", disse.

Por outro lado, nas últimas semanas, alguns grupos de defesa dos direitos humanos nos EUA pediram uma investigação judicial a Nikki Halley por esta ter alegadamente aceitado voos de empresários da Carolina do Sul.

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