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MNE russo classifica de "palavreado" acusações dos EUA
Treze cidadãos russos e três entidades russas foram acusados, esta sexta-feira, de suposta intromissão nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Em Washington, na sexta-feira, o gabinete do procurador especial Robert Mueller anunciou que um grande júri acusou formalmente 13 cidadãos russos e três entidades russas de interferência no processo eleitoral norte-americano de 2016.
"Enquanto não temos factos tudo isso é palavreado", disse Serguei Lavrov, questionado na Conferência de Segurança em Munique a propósito das acusações dos Estados Unidos.
O diplomata recusou-se a comentar as acusações, dizendo que as declarações das autoridades dos Estados Unidos são contraditórias. "Não tenho nenhuma reacção porque tudo, e não importa o quê, é publicado. Vemos uma proliferação de acusações, afirmações e declarações", disse.
Lavrov acrescentou que o vice-Presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, e um oficial do departamento norte-americano de Segurança Interna tinham garantido que "nenhum país influenciou o resultado das eleições norte-americanas".
O ministro denunciou no seu discurso o que chamou a propagação do "mito irracional da ameaça russa" no ocidente e acrescentou que se queria ver o "dedo" do Kremlin desde o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) ao referendo na Catalunha, Espanha.
Na sexta-feira, uma porta-voz oficial do Governo da Rússia já tinha considerado "absurda" a acusação dos Estados Unidos.
"Treze pessoas interferiram nas eleições americanas? Treze? Com os orçamentos de milhares de milhões de dólares das forças especiais? Com a espionagem e contraespionagem? Com as tecnologias mais recentes?", escreveu a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, na rede social Facebook.