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MNE russo classifica de "palavreado" acusações dos EUA

Treze cidadãos russos e três entidades russas foram acusados, esta sexta-feira, de suposta intromissão nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Aperto de mão entre Vladimir Putin e Donald trump, durante um encontro à margem da reunião do G20 em Hamburgo, na Alemanha.
REUTERS/Carlos Barria
17 de Fevereiro de 2018 às 15:40
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As acusações de ingerência russa nas eleições norte-americanas são "palavreado", disse, este sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, um dia após a acusação de 13 russos por suposta intromissão nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Em Washington, na sexta-feira, o gabinete do procurador especial Robert Mueller anunciou que um grande júri acusou formalmente 13 cidadãos russos e três entidades russas de interferência no processo eleitoral norte-americano de 2016.


"Enquanto não temos factos tudo isso é palavreado", disse Serguei Lavrov, questionado na Conferência de Segurança em Munique a propósito das acusações dos Estados Unidos.


O diplomata recusou-se a comentar as acusações, dizendo que as declarações das autoridades dos Estados Unidos são contraditórias. "Não tenho nenhuma reacção porque tudo, e não importa o quê, é publicado. Vemos uma proliferação de acusações, afirmações e declarações", disse.


Lavrov acrescentou que o vice-Presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, e um oficial do departamento norte-americano de Segurança Interna tinham garantido que "nenhum país influenciou o resultado das eleições norte-americanas".


O ministro denunciou no seu discurso o que chamou a propagação do "mito irracional da ameaça russa" no ocidente e acrescentou que se queria ver o "dedo" do Kremlin desde o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) ao referendo na Catalunha, Espanha.


Na sexta-feira, uma porta-voz oficial do Governo da Rússia já tinha considerado "absurda" a acusação dos Estados Unidos.


"Treze pessoas interferiram nas eleições americanas? Treze? Com os orçamentos de milhares de milhões de dólares das forças especiais? Com a espionagem e contraespionagem? Com as tecnologias mais recentes?", escreveu a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, na rede social Facebook.

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