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Mike Pence diz que EUA não vão ficar a assistir à desintegração da Venezuela

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, assegurou que Washington recusa limitar-se a assistir à desintegração da Venezuela, antes de um encontro com venezuelanos que fugiram para a vizinha Colômbia.

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump questionou a presença dos EUA na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), chegando a classificar esta estrutura como 'obsoleta'. Agora, Trump garante a permanência dos EUA na NATO, da qual diz ser 'fã' mas exige uma maior participação financeira dos outros países membros. 'Muitos países não pagam o que devem', avisou, criando pressão adicional sobre a Europa. Entretanto, o vice-presidente, Mike Pence, veio à Europa reiterar o apoio à NATO. n
reuters
14 de Agosto de 2017 às 17:56
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Mike Pence (na foto) esteve esta segunda-feira em Cartagena, no noroeste da Colômbia, onde se encontrou com líderes religiosos e cerca de 50 venezuelanos, numa escala de uma viagem que o vai levar à Argentina. A mulher, Karen Pence, participou num círculo de oração e disse rezar pelo "bem-estar dos refugiados venezuelanos".

 

Antes da partida para Cartagena, depois de um encontro em Bogotá com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, Mike Pence criticou as tentativas para consolidar o poder do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

 

"A Venezuela está a resvalar para uma ditadura e, como o disse o presidente Donald Trump, os Estados Unidos não vão ficar de braços cruzados a assistir à desintegração", disse o vice-presidente norte-americano.

 

Diferentes responsáveis políticos venezuelanos reagiram às críticas de Pence, entre os quais o ministro da Informação, Ernesto Villegas, que acusou Washington de interferir nos assuntos internos da Venezuela.

 

"Os Estados Unidos e o seu satélite Colômbia estão a tentar dar lições de democracia à Venezuela, enquanto dão cobertura a neonazis no seu próprio país", escreveu Villegas no Twitter, juntando fotografias dos confrontos em Charlottesville, na Virgínia, envolvendo grupos de extrema-direita.

 

Cerca de 25.000 venezuelanos atravessam diariamente a pé a ponte internacional Símon Bolivar para trabalhar ou comprar produtos no mercado negro, mas são cada vez mais os que o fazem para receber ajuda alimentar.

 

A crise na Venezuela tem levado à escassez de produtos básicos e estudos indicam que a subalimentação está a afetar um número crescente de venezuelanos.

 

O Governo da Colômbia preparou um plano de contingência para fazer face a um eventual êxodo maciço de venezuelanos, com a cooperação de organizações religiosas e de solidariedade social.

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