Notícia
Ex-ministro venezuelano da Defesa desaparecido há seis dias
Os familiares e advogados do general Raul Isaías Baduel, ex-ministro da Defesa do falecido Presidente Hugo Chávez, denunciaram hoje, em Caracas, que este está "desaparecido forçadamente" desde há seis dias.
15 de Agosto de 2017 às 07:41
A denúncia foi feita na sede da Organização de Estados Americanos (OEA), onde o advogado Guillermo Rojas, explicou que a última coisa que souberam é que a 8 de Agosto último o ex-ministro chavista foi transferido do cárcere militar de Ramos Verde para as instalações da Direcção-Geral de Contra-Inteligência Militar, em Boleíta Norte, Caracas.
"Após conhecer essa informação, apresentámo-nos perante esse organismo onde afirmaram que Baduel nunca foi levado para aquele local. No entanto, alguns funcionários do Estado indicaram que poderia encontrar-se no Forte de Tiuna (principal base militar de Caracas), onde também não estava", refere o advogado, num comunicado divulgado em Caracas.
O documento explica que, "perante esta situação, foram obrigados a recorrer, no dia seguinte, ao Ministério Público, para apresentar a denúncia do desaparecimento forçada de Baduel".
"O Ministério Público designou um procurador para constatar a autenticidade da acusação, mas, desde09 de Agosto, não tem tido resposta alguma, razão pelo que acudiram à OEA e à ONU. Há preocupação nos familiares pelas mais de 120 horas que tem o general desaparecido", precisa.
Segundo Rayrin Baduel, filha do militar, a família já recorreu a todas as instituições venezuelanas, responsáveis por oferecer uma resposta sobre a localização e o estado de saúde do pai, mas o único que têm feito é remetê-los de um para outro organismo.
"Já o meu pai estava sequestrado em Ramo Verde (cárcere militar). Voltaram a sequestrá-lo", afirma, precisando que o pai foi detido em Março último, quando se apresentou voluntariamente a um tribunal do Estado de Arágua "e não conformes com detê-lo de maneira arbitrária, também foi tirado do cárcere com rumo desconhecido".
Em declarações aos jornalistas, recordou que o seu irmão, Raul Emílio Baduel, está preso desde há três anos e cinco meses e que foi condenado a oito anos de prisão por participar num protesto opositor em 2014, na cidade de Maracay (100 quilómetros a leste de Caracas).
A mulher do general, Cruz Maria de Baduel, insiste que o marido foi aconselhado a fugir do país, mas que insistiu em ficar "porque a democracia na Venezuela deve ser restituída nalgum momento" e porque "não tem motivos para esconder-se".
Raul Isaías Baduel é um militar e político venezuelano que em Abril de 2002 dirigiu a operação cívico-militar que restituiu o poder ao falecido Presidente Hugo Chávez, durante os acontecimentos que o afastaram temporariamente do poder.
Entre 2004 e 2006 foi comandante-geral do Exército.
Em Junho de 2006 assumiu funções como ministro da Defesa, cargo que exerceu até Julho de 2007, altura em que questionou o projecto de "socialismo do século XXI" que liderava Hugo Chávez.
Em 2009 foi condenado a oito anos de presídio por alegada corrupção. A 12 de Agosto de 2015 saiu em liberdade condicional, tendo sido enviado novamente para uma prisão, em Março de 2017, por motivos publicamente desconhecidos.
"Após conhecer essa informação, apresentámo-nos perante esse organismo onde afirmaram que Baduel nunca foi levado para aquele local. No entanto, alguns funcionários do Estado indicaram que poderia encontrar-se no Forte de Tiuna (principal base militar de Caracas), onde também não estava", refere o advogado, num comunicado divulgado em Caracas.
"O Ministério Público designou um procurador para constatar a autenticidade da acusação, mas, desde09 de Agosto, não tem tido resposta alguma, razão pelo que acudiram à OEA e à ONU. Há preocupação nos familiares pelas mais de 120 horas que tem o general desaparecido", precisa.
Segundo Rayrin Baduel, filha do militar, a família já recorreu a todas as instituições venezuelanas, responsáveis por oferecer uma resposta sobre a localização e o estado de saúde do pai, mas o único que têm feito é remetê-los de um para outro organismo.
"Já o meu pai estava sequestrado em Ramo Verde (cárcere militar). Voltaram a sequestrá-lo", afirma, precisando que o pai foi detido em Março último, quando se apresentou voluntariamente a um tribunal do Estado de Arágua "e não conformes com detê-lo de maneira arbitrária, também foi tirado do cárcere com rumo desconhecido".
Em declarações aos jornalistas, recordou que o seu irmão, Raul Emílio Baduel, está preso desde há três anos e cinco meses e que foi condenado a oito anos de prisão por participar num protesto opositor em 2014, na cidade de Maracay (100 quilómetros a leste de Caracas).
A mulher do general, Cruz Maria de Baduel, insiste que o marido foi aconselhado a fugir do país, mas que insistiu em ficar "porque a democracia na Venezuela deve ser restituída nalgum momento" e porque "não tem motivos para esconder-se".
Raul Isaías Baduel é um militar e político venezuelano que em Abril de 2002 dirigiu a operação cívico-militar que restituiu o poder ao falecido Presidente Hugo Chávez, durante os acontecimentos que o afastaram temporariamente do poder.
Entre 2004 e 2006 foi comandante-geral do Exército.
Em Junho de 2006 assumiu funções como ministro da Defesa, cargo que exerceu até Julho de 2007, altura em que questionou o projecto de "socialismo do século XXI" que liderava Hugo Chávez.
Em 2009 foi condenado a oito anos de presídio por alegada corrupção. A 12 de Agosto de 2015 saiu em liberdade condicional, tendo sido enviado novamente para uma prisão, em Março de 2017, por motivos publicamente desconhecidos.