Notícia
Merkel pronta a enfrentar problemas mundiais "lado a lado" com Biden
A Alemanha está pronta para enfrentar “lado a lado” com os Estados Unidos “problemas globais” como o aquecimento global e a pandemia de covid-19.
A chanceler alemã, Angela Merkel, garantiu hoje que a Alemanha está pronta para enfrentar "lado a lado" com os Estados Unidos e o Presidente eleito, Joe Biden, "problemas globais" como o aquecimento global e a pandemia de covid-19.
"Os alemães e os europeus sabem que devemos assumir mais responsabilidades nesta parceria" com os Estados Unidos, acrescentou em comunicado de imprensa a chanceler alemã, que detém a presidência do Conselho da União Europeia até ao final do ano.
Na sua opinião, os EUA e a UE devem estar "ombro a ombro no difícil teste da pandemia do novo coronavírus, na luta contra o aquecimento global e as suas consequências, contra o terrorismo, por uma sociedade aberta e o livre comércio". A chanceler alemã, cujas relações com Donald Trump eram complicadas, "felicitou calorosamente" Joe Biden, em comunicado à imprensa.
Merkel elogiou a "experiência em política interna e externa" daquele que se torna em janeiro o 46.º Presidente dos Estados Unidos. "Ele conhece bem a Alemanha e a Europa", apontou Merkel, sem mencionar o atual Presidente, que nunca esteve na Alemanha durante os quatro anos de mandato.
Merkel, a primeira mulher a liderar a Alemanha, elogiou a eleição da primeira mulher para o cargo de vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, "uma inspiração para muitos, um exemplo das possibilidades" nos EUA.
"A amizade entre os nossos dois países comprova-se há décadas. É um tesouro comum. Somos aliados dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), compartilhamos valores fundamentais de dignidade, democracia e Estado de Direito", sublinhou Merkel, que vai conhecer em Biden o quarto Presidente norte-americano desde que é chanceler.
Segundo Merkel, os "alemães e europeus sabem" que devem "assumir mais responsabilidades nesta parceria" com os EUA. "[Os Estados Unidos] são e continuarão a ser o nosso principal aliado, mas esperam com razão que façamos mais para garantir a nossa própria segurança e defender as nossas convicções no mundo", argumentou a líder alemã, que deixa o poder em 2021.
A Alemanha, que tradicionalmente mantém uma relação estreita com os EUA, sofreu durante quatro anos as críticas recorrentes e às vezes veementes de Donald Trump, em particular sobre a sua contribuição para o orçamento da NATO e o excedente comercial alemão.