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Jornal chinês ataca polícia em editorial

Um jornal chinês publicou um editorial em que apela à polícia que liberte um dos seus repórteres que foi preso por ter acusado uma empresa de fraude num artigo de investigação à empresa participada pelo governo da província.

23 de Outubro de 2013 às 15:26
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O jornal chinês “New Express”, da província de Guangdong, publicou um editorial e uma manchete em que apela à libertação de um jornalista que foi preso depois de ter escrito um artigo de investigação sobre uma empresa da região, segundo o “Financial Times” (FT).

 

A publicação chinesa apelou à polícia para que liberte um dos seus jornalistas, numa edição em que se lê a manchete “Por favor libertem-no” na capa do jornal. O editorial explica que o jornalista escreveu um artigo de investigação em que acusa a empresa participada pelo Estado Zoomlion de fraude.

 

A iniciativa é surpreendente porque a liberdade de expressão enfrenta restrições, na China, que tornam pouco habitual que um jornal dirija críticas, ou mesmo apelos, às autoridades.

 

A empresa alvo da reportagem é participada pelo governo da província de Hunan e produz equipamento para o sector da construção.

 

“Este é um grito da media chinesa. Uma voz que raramente é ouvida”, afirmou o professor de jornalismo Zhan Jiang ao “Financial Times”. “Por favor libertem-no – estes três caracteres estavam em grande destaque e raramente são vistos”, acrescentou.

 

A polícia da região prendeu o jornalista em questão por este ser acusado de “lesar a reputação comercial” da empresa visada no artigo que escreveu, ao acusá-la de falsear os valores das suas vendas. Este foi o segundo jornalista da publicação a ser preso em um mês, diz o FT.

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